Existem muitas vocalistas talentosas que, dado o anêmico
estado do negócio da música, não gravam com a frequência que elas (ou nós) mereceríamos. Na linha de
frente do grupo encontra-se Chris McNulty. Um quarto de século passou desde que
McNulty aterrisou em Nova York vinda da sua nativa Austrália e durante este período seus
lançamentos totalizaram apenas seis álbuns.
Desde o começo de sua carreira jazzística, McNulty tem
mantido uma imprevisível e maravilhosa capacidade para traçar rotas sinuosas,
enquanto atravessa os standards do pop
e jazz, frequentemente tomando-os de locais escondidos ainda não arriscadamente
explorados. Aqui, por instante, contempla
aparentemente um inflexível “How Are
Things in Glocca Morra?” que tece sempre levemente fora do caminho, ou sua
torta e balançada repavimentação de “On the Street Where You Live”. Em “Lonely
Woman” e em “Last Night When We Were Young” ela tempera a melancolia
prevalecente com uma propensão a uma
esperança intuitiva, resultando em fascinante senso de visualização simultânea
do passado e do futuro.
E McNulty permanece uma subapreciada compositora. Seus oito
minutos de “Long Road Home—The Song That Sings You Here” nomeia um genuíno exemplo,
é uma tortuosa exploração de caprichos do amor e elementar imutabilidade.
Faixas: How
Little We Know; How Are Things In Glocca Morra; Jitterbug Waltz; Lonely Woman;
On The Street Where You Love; Last Night When We Were Young; The Lamp Is Low;
One Less Bell To Answer; Letter To Marta; Long Road Home - The Song That Sings
You Here.
Músicos: Chris McNulty: vocal; Ugonna Okegwo:
baixo; Marcus Gilmore: bateria; Paul Bollenback: guitarra; Andrei Kondokov:
piano; Graham Wood: piano, Rhodes; Igor Butman: saxofones tenor e soprano ;
Anita Wardell: vocal
Fonte:
Christopher Loudon (JazzTimes)
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