
“Barinas”, por exemplo,
dissemina obviedade a partir da introdução: uma série de alternados ascensões e
descensos cromáticos da flauta de Marco Granados. Então progride para o velho
padrão do acorde latino e emparelha com
o arco melódico. A métrica da canção transita entre 3/4 e 6/8; a seção rítmica
(o cuatro de Jorge Glem, o baixista
Roberto Koch, o baterista Adam Cruz, os percussionistas Leonardo Granados e Luis
Quintero) maneja-a com precisão, mas a percepção da audição é uma variação não
substancial com uma pegada um tanto convencional (“Merida” não tem a mesma
métrica mesclada; é apenas uma valsa sonolenta cujos melhores momentos é um
simples interlúdio originado do saxofone tenor de Mark Turner). Melhor é “Caracas” com uma pegada merengue em 5/8 que Granados e (especialmente) o clarinete
baixo de John Ellis dança brilhantemente de forma superior . Mesmo assim, as frases
tocadas por Simon não deveriam parecer tão acomodadas e convencionais. E o
arranjo de encerramento para “El Diablo Suelto”
de Heraclio Fernández parece (exceto, outra vez , pela participação de Turner)
ter toda a vida escoada.
Turner não é um ponto brilhante na gravação, entretanto. O harpista
Edmar Castañeda soa distintamente em todo lugar que aparece, com improvisações
consistentemente novas (seu trabalho em “Barinas” atordoa). O plangente e
ansioso som do piano de Simon aparece em cada canção (especialmente
“Maracaibo”), e a flauta tremeluzente de Granados transcende um pouco ao
material. A banda, coletivamente, é competente e empática. “Venezuelan Suite” é trivialidade, mas na mais alta ordem.
Faixas: Barinas; Caracas; Merida; Maracaibo; El Diablo
Suelto.
Músicos: Edward Simon: piano; Adam Cruz: bateria; Roberto
Koch: baixo; Marco Granados: flauta; Mark Turner: saxofone tenor; John Ellis: clarinete baixo; Jorge Glem: cuatro; Luis Quintero:
percussão; Leonardo Granados: maracas; Edmar Castaneda: harpa.
Fonte:
Michael J. West (JazzTimes)
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