
Jornalistas de música frequentemente falam da “Cena
canadense”, como se fosse um som singular ou movimento. Isto está longe da
verdade. Montreal tem seu próprio tempero; Toronto e Vancouver, também. De fato, as províncias de Alberta e
British Columbia têm produzido um número
de estrelas de jazz com notáveis
diferenças de abordagens. E isto apenas arranhando a superfície. O
Hutchinson Andrew Trio é a prova
positiva deste amplo leque, espécie de
inflexão artística ocorrendo ao norte da fronteira. Vindos de Alberta, o baixista
Kodi Hutchinson, o pianista Chris Andrew
e o baterista Karl Schwonik fazem música que belamente reflete as montanhas,
vales e vastas pradarias do oeste do Canadá. “Mountain Rose”, a primeira faixa
do novo álbum do trio, “Prairie Modern”, apresenta um senso de paz pintando um
adorável quadro sonoro de vastas paisagens e espaço. Nesta música, o saxofonista
convidado, Donny McCaslin, (que aparece em seis faixas) rapidamente sai da sua robusta pele nova-iorquina e entra na
vibração planadora do trio. “Wilds” move-se lentamente, com temas semi
meio-oeste com Andrew tocando simples com linhas e progressões poderosas. Hutchinson
formula um sério e cerrado balanço para Andrew flutuar, espertamente, indo do pizzicato ao uso do arco. E Schwonik,
também, cerra a canção ainda em cores com uma imaginação ativa e séria técnica.
O trio demonstra como facilmente a vibração canadense pode mudar para uma pegada
latina em “Mintaka” e “Ponderado” como o percussionista
Rogério Boccato juntando-se ao grupo. “Prairie Modern” é uma maravilhosa
audição, com grande musicalidade através de um trabalho com 13 composições
inéditas. O
Hutchinson Andrew Trio
oferece uma distinta visão de uma das grandes cenas musicais do Canadá.
Fonte:
FRANK ALKYER (DownBeat)
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