Em
anos recentes, a vocalista Rebecca Kilgore e o saxofonista Harry Allen, dois
dos mais prolíficos artistas do jazz, têm, regularmente, se unido para criar
álbuns em torno de instrumentações da Broadway, para revisitas atualizadas de Guys and Dolls, South Pacific
e The Sound of Music. Agora a
maravilhosamente agradável dupla vira um pouco à esquerda, explorando o relativamente
pequeno repertório de Marilyn Monroe .
Como Kilgore registrou em recente entrevista, ela,
primeiramente, hesitou quando Allen sugeriu o conceito, desinteressada em
imitar o estilo provocante de Monroe. Porém ela concordou em atuar em seus
próprios termos, reinterpretando números icônicos como “Diamonds Are a Girl’s Best Friend” e “A
Little Girl From Little Rock” como standards
do jazz. Despida da magnifica sensualidade de Monroe, as canções se sustentam
surpreendentemente bem, a necessária sexualidade é realçada pelos provocantes
solos de Allen. Como arqueóloga musical, Kilgore recupera poucas músicas familiares,
incluindo a charmosa “Incurably Romantic”, a animada faixa título “Let’s Make
Love” e a melosa, se datada, “She Acts
Like a Woman Should” dos anos 60.
Kilgore complementa sua dúzia de faixas com a doce homenagem
“Marilyn Monroe”, escrita por seu colega e frequente colaborador Dave
Frishberg. Allen e seus companheiros de quarteto— o pianista Rossano
Sportiello, o baixista Joel Forbes e o baterista Chuck Riggs— também se
espalham em dois instrumentais: uma calorosa “Running Wild” e uma espirituosa “Some Like It Hot.”
Fonte:
Christopher Loudon (JazzTimes)
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