Este álbum chega com altas expectativas . Vijay Iyer está
entre os mais condecorados músicos de sua geração. Ele ganha em diversas listas
eleitorais do jazz,tem uma cadeira na universidade e bolsa de estudos da MacArthur Fellowships. “Mutations”
é sua estreia na ECM, um selo conhecido por trazer adiantados níveis novos de
criatividade dos artistas.
Porém “Mutations” é um grande desapontamento. O problema
está nas composições de Iyer para cordas. Há uma suíte em dez partes para
quarteto de cordas, piano e eletrônica. A suíte é impressionante pela falta de
conteúdo estético emocional que leva a maioria das pessoas ouvirem música.
Qualidades tais como descoberta lírica, execução melódica e compromisso rítmico
estão ausentes.
Porém a erudição não é o mesmo que beleza. Na maioria das
peças as cordas traçam modelo geométrico de austeridade inflexível. Irrestrito, moderadamente cáusticas dissonâncias
que irritam os nervos. Alguns movimentos são completamente difíceis de escutar.
“II: Rise” é uma lamúria em quase três minutos, na qual os instrumentos de
cordas individualmente introduzem-se com
inquietudes e estremecimentos. Em “IX:
Descent” um obsessivo e repetitivo violino serra, você espera em vão por “variações ” que “induzirá uma transformação estrutural”.
Há quatro faixas para piano. O último movimento da suíte
(“X: Time”) e três peças autônomas são tranquilas e lentas. Elas são todas
composições de Iyer, mas elas soam como meditações espontâneas. Elas criam atmosferas enlevadas e claustral , e providenciam os melhores
momentos no sincero , mas falho, experimento de “Mutations”.
Fonte:
Thomas Conrad (JazzTimes)
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