O afiado e com toque do blues, o guitarrista Bob DeVos desenvolveu-se
nos grupos de Jimmy McGriff e Hank Crawford, Richard “Groove” Holmes, Sonny
Stitt e Charles Earland, e a música do
seu quinto álbum , “Shadow Box”, soa exatamente como o soul-jazz evocando esses mestres. O álbum, que também apresenta o
caloroso órgão Hammond B3 de Dan
Kostelnik, o firme, mas não importuno toque da bateria de Steve Johns, e, na
metade das faixas, o grande e comovente saxofone tenor de Ralph Bowen, não considera qualquer etapas
naturais como funk ou hip-hop. Está
preso aos anos 60, e isto certamente não é uma coisa ruim. Não é nada novo, mas
é positivo.
A mais interessante composição
aqui é a faixa título, do líder. Inicia com uma frase musical furtiva e
ameaçadora, que se move para uma
passagem catártica. A peça também extrai solos particularmente inspirados dos
músicos: DeVos compreende quais as canções que provocam melhores improvisações.
A sentimental “Basie in Mind” de Shirley Scott é guiada por vocal e esmero,
e “The River’s Invitation” de Percy
Mayfield também recebe uma boa leitura, é uma familiar melodia flutuando na
guitarra sobre harmonias assentadas e uma bateria com batida à la New Orleans.
Embora toda música mereça ser analisada, “Shadow Box” não
necessita ser olhada muito profundamente. O álbum faz a melhor espécie de música
de fundo; soa presente não apenas para
preencher o espaço , mas para realçar o momento.
Faixas:
After Burner; Pensativa; Wives and Lovers; The River's Invitation; Shadow Box;
Blue Print; The Wizard; Basie In Mind; Maine Stay; Born To Be Blue; Twisted
Blues.
Fonte: Brad
Farberman (JazzTimes)
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