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sexta-feira, 9 de maio de 2014

BOB DEVOS – SHADOW BOX (American Showplace)

O afiado e com toque do blues, o guitarrista Bob DeVos desenvolveu-se nos grupos de Jimmy McGriff e Hank Crawford, Richard “Groove” Holmes, Sonny Stitt  e Charles Earland, e a música do seu quinto álbum , “Shadow Box”, soa exatamente como o soul-jazz evocando esses mestres. O álbum, que também apresenta o caloroso órgão Hammond B3 de Dan Kostelnik, o firme, mas não importuno toque da bateria de Steve Johns, e, na metade das faixas, o grande e comovente saxofone tenor de  Ralph Bowen, não considera qualquer etapas naturais como  funk ou hip-hop. Está preso aos anos 60, e isto certamente não é uma coisa ruim. Não é nada novo, mas é positivo.

 A mais interessante composição aqui é a faixa título, do líder. Inicia com uma frase musical furtiva e ameaçadora, que se move  para uma passagem catártica. A peça também extrai solos particularmente inspirados dos músicos: DeVos compreende quais as canções que provocam melhores improvisações. A sentimental  “Basie in Mind”  de Shirley Scott é guiada por vocal e esmero, e “The River’s Invitation”  de Percy Mayfield também recebe uma boa leitura, é uma familiar melodia flutuando na guitarra sobre harmonias assentadas e uma bateria com batida à la New Orleans.

Embora toda música mereça ser analisada, “Shadow Box” não necessita ser olhada muito profundamente. O álbum faz a melhor espécie de música de fundo; soa presente não  apenas para preencher o espaço , mas para realçar o momento.

Faixas: After Burner; Pensativa; Wives and Lovers; The River's Invitation; Shadow Box; Blue Print; The Wizard; Basie In Mind; Maine Stay; Born To Be Blue; Twisted Blues.


Fonte: Brad Farberman (JazzTimes)

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