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segunda-feira, 12 de maio de 2014

CÉCILE McLORIN SALVANT – WOMANCHILD (Mack Avenue Records)

Quando, aproximadamente, há três anos atrás, Cécile McLorin Salvant emergiu como a inesperada e largamente desconhecida vencedora da competição vocal do Thelonious Monk International Jazz , sua vitória incendiou uma espécie de excitação que era mais comum na vicejante indústria fonográfica dos anos 90. Ela foi imediatamente contratada pelo administrador Ed Arrendell, cujo cliente, Wynton Marsalis,  exaltou sua “estabilidade, elegância, alma, humor, sensualidade, vigor, virtuosismo, alcance, discernimento, inteligência, profundidade e graça”. Caramba!. Muita expectativa, particularmente para uma intérprete neófita apenas com idade bastante para beber. Afortunada e calorosamente o selo Mack Avenue  antecipou sua estreia e mais do que justifica a propaganda.

 Quando a natural de Miami,  filha de mãe nativa de Guadalupe e pai haitiano,  mudou-se para a França após  a conclusão do ensino médio e desenvolveu seu interesse pelo jazz, ela foi sabiamente instruída para estudar os grandes, de Bessie Smith e Ethel Waters a Sarah e Ella. Ela aprendeu bem suas lições. De fato,  a faixa título WomanChild , uma composição de Salvant sobre a viagem da inocência para a experiência , pode ser interpretada como seu compromisso com o reconhecimento. Quando ela viaja em “St. Louis Gal”, a influência de  Smith é patentemente óbvia. Sua leitura maliciosa de “I Didn’t Know What Time It Was” bebe pesadamente em  Abbey Lincoln com sombras evidentes de Billie Holiday e Carmen McRae . A direta e esperta  “Nobody” tem dívida igualmente com Sarah Vaughan, Anita O’Day e Pearl Bailey. A sombra de Josephine Baker assoma abundante em  “You Bring Out the Savage in Me”.

Contudo, marcadamente, Salvant não é de forma alguma secundária. Ela simplesmente tomou o melhor do melhor e sintetizou sonorament , que imediatamente como moça vigorosa é unicamente ela própria. Esta singularidade brilha fulgurantemente próximo à conclusão do álbum  na forma cuidadosa através de “Jitterbug Waltz” e transforma “What a Little Moonlight Can Do” em um turbilhão de êxtase torrente. São estas faixas, juntas com o encerramento breve , mas bravio,  de “Deep Dark Blue”, que verdadeiramente valida  a exaltação hiperbólica de Marsalis.

          Faixas

01 - St. Louis Gal
02 - I Didn't Know What Time It Was
03 - Nobody
04 - WomanChild
05 - Le Front Caché Sur Tes Genoux
06 - Prelude/There's A Lull In My Life
07 -You Bring Out The Savage In Me
08 - Baby Have Pity On Me
09 - John Henry
10 - Jitterbug Waltz
11 - What A Little Moonlight Can Do
12 - Deep Dark Blue

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)


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