Quando, aproximadamente, há três anos atrás, Cécile McLorin
Salvant emergiu como a inesperada e largamente desconhecida vencedora da competição
vocal do Thelonious Monk International
Jazz , sua vitória incendiou uma espécie de excitação que era mais comum na
vicejante indústria fonográfica dos anos 90. Ela foi imediatamente contratada
pelo administrador Ed Arrendell, cujo cliente, Wynton Marsalis, exaltou sua “estabilidade, elegância, alma, humor,
sensualidade, vigor, virtuosismo, alcance, discernimento, inteligência, profundidade
e graça”. Caramba!. Muita expectativa, particularmente para uma intérprete
neófita apenas com idade bastante para beber. Afortunada e calorosamente o selo
Mack Avenue antecipou sua estreia e mais do que justifica
a propaganda.
Quando a natural de
Miami, filha de mãe nativa de Guadalupe
e pai haitiano, mudou-se para a França
após a conclusão do ensino médio e
desenvolveu seu interesse pelo jazz, ela foi sabiamente instruída para estudar
os grandes, de Bessie Smith e Ethel Waters a Sarah e Ella. Ela aprendeu bem
suas lições. De fato, a faixa título WomanChild , uma composição de Salvant sobre
a viagem da inocência para a experiência , pode ser interpretada como seu
compromisso com o reconhecimento. Quando ela viaja em “St. Louis Gal”, a
influência de Smith é patentemente óbvia.
Sua leitura maliciosa de “I Didn’t Know What Time It Was” bebe pesadamente
em Abbey Lincoln com sombras evidentes
de Billie Holiday e Carmen McRae . A direta e esperta “Nobody” tem dívida igualmente com Sarah
Vaughan, Anita O’Day e Pearl Bailey. A sombra de Josephine Baker assoma abundante em “You Bring Out the Savage in Me”.
Contudo, marcadamente, Salvant não é de forma alguma secundária.
Ela simplesmente tomou o melhor do melhor e sintetizou sonorament , que
imediatamente como moça vigorosa é unicamente ela própria. Esta singularidade
brilha fulgurantemente próximo à conclusão do álbum na forma cuidadosa através de “Jitterbug
Waltz” e transforma “What a Little Moonlight Can Do” em um turbilhão de êxtase
torrente. São estas faixas, juntas com o encerramento breve , mas bravio, de “Deep Dark Blue”, que verdadeiramente
valida a exaltação hiperbólica de Marsalis.
Faixas
01 - St.
Louis Gal
02 - I
Didn't Know What Time It Was
03 - Nobody
04 - WomanChild
05 - Le
Front Caché Sur Tes Genoux
06 - Prelude/There's
A Lull In My Life
07 -You
Bring Out The Savage In Me
08 - Baby
Have Pity On Me
09 - John
Henry
10 - Jitterbug
Waltz
11 - What
A Little Moonlight Can Do
12 - Deep Dark Blue
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte:
Christopher Loudon (JazzTimes)
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