Um dos mais singulares prazeres do jazz é como
frequentemente e, ininterruptamente, ocorre o amálgama intergeracional. A
parceria da vocalista Heather Masse com o legendário pianista Dick Hyman é um
fino exemplo. Entretanto, Masse é melhor conhecida pelo seu trabalho com folk e bluegrass com o Wailin’
Jennys e o Wayfaring Strangers, sendo
ela uma cantora de jazz formada no New
England Conservatory com grande interesse no grande repertório norte-americano.
Ela e Hyman encontraram-se durante uma aparição conjunta no A Prairie Home Companion e imediatamente
planejaram este trabalho conjunto.
Através de 10 standards, Masse exibe impecável
fraseado e uma sonoridade deliciosa que sugere a sensualidade de Sophie Milman lançada
com a melancolia de Sarah Vaughan . Ela tem
uma tentadora habilidade para flutuar sobre cada canção e seus arranjos
favorecendo círculos lentos e suaves turbilhões, livres ou dramáticos voos ou
rápidas descidas. Hyman responde com elegante acompanhamento dotado de toques
imaginativos – uma alusão a efeitos “italianos” atrás de “Since I Fell for You”,
a sugestão da imensidão dos céus em uma noite de Agosto em “Lost in the Stars” com
meios suspiros descritos sob “I Got It Bad (and That Ain’t Good)”.
Para completar as 12 faixas do álbum, Masse adiciona duas
inéditas, a ternamente desejosa “If I
Called You” e, com Hyman alternadamente na ponta dos pés e francamente
tranquila, o charmoso hino para um despertar tardio em “Morning Drinker”.
Faixas:
Bewitched, Bothered and Bewildered; Lullaby of Birdland; Since I Fell for You;
Love is Here to Stay; September Song; Lost In The Stars; Love for Sale; If I
Called You; I Got It Bad and That Ain’t Good; A Flower is a Lovesome Thing;
Morning Drinker; I’m Gonna Lock My Heart (And Throw Away the Key).
Fonte:
Christopher Loudon (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário