
Isto não significa que ele abandonou sua teoria sobre a parcimônia
no jazz. Menos ainda é mais com Allen. Ele tocará duas notas onde outros
músicos tocarão quatro, e ele acomoda-se
de forma plenamente apropriada para ouvir as meditações de Djangirov . Porém, Allen tem algo mais em sua mente do que
canções em “Grace”, e isto é explicado nas meticulosas notas para o disco
escritas por David Michael Greenbergs: Este projeto conta uma estória, em dois
atos, uma narrativa construída em torno de uma jornada humana. Porém, estando
cônscio de que não é essencial para desfrutar a música.
E a música é transcendente. Temas são ampliados mais do que fixados.
A estrutura é livre. Os
músicos têm liberdade das rédeas e vão aonde seus solos os levam. Canções como “Detroit”
e “Luke Sky Walker” são prazeirosas sem se conformar com as noções tradicionais
da melodia. Em “Pole Star” não está imediatamente claro o que Allen está
fazendo: é aquele um solo imediato sem
tema ? É tudo isto? . É aquilo uma linha do baixo ou é Dezron Douglas solando também?. Aqui vem um
solo de bateria de Jonathan Barbe. Não, espere a canção acabou. Allen apenas vai
seguindo em “Papillon 1973” com um solo divertido, que começa construir tensão,
quando repentinamente ele para e permite a decolagem de Djangirov . A balada “Selah (My Refuge)” por
outro lado, não tem um tema facilmente discernível, e convida o intercâmbio entre
sax e piano que deve ser o mais belo díalogo que você ouviu em 2013. Música após
música, Allen nos mantém conjecturando nas pontas dos pés. Uma coisa nós
sabemos: sua ilusoriamente complexa música a mantém mais e mais interessante.
Faixas
2 Load
Star 5:03
3
Chagall 5:49
4 Luke
Sky Walker 5:40
5 Grace 5:07
6
Detroit 3:06
7 Cross
Damon 6:11
8 Pole
Star 3:36
9
Papillion 1973 5:23
10 Selah (My Refuge) 5:59
11 Little Dipper 5:03
Para melhor conhecer este trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
Fonte:
Steve Greenlee (JazzTimes)
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