Música eletrificada não é nada novo para Jeremy Pelt. Dois
dos seus lançamentos no meado dos anos 2000 para a MaxJazz exploraram as possibilidades do fusion. Porém com o disco do ano passado
“Water and Earth” e agora “Face Forward, Jeremy”, ambos apresentando a mesma banda
base, o trompetista parece ter elevado
seu comprometimento com a forma. Como
ele demonstrou com seu antigo quinteto acústico, existente há muito tempo, que
apresentou joias como “Men of Honor”, poucos artistas assumiram o conceito de trabalho
com banda tão seriamente quanto Pelt.
O grupo eletrificado inclui o saxofonista soprano e tenor Roxy Coss, o tecladista David
Bryant, o baixista Chris Smith e o baterista Dana Hawkins. Para todos a eletrônica
e efeitos de programação envolvidos , a música em “Face Forward, Jeremy” tem um
fluxo decididamente natural. Enquanto traços da era fusion de Miles são impressas nos esquemas dos acordes e em certas
pegadas, as canções não são secundárias
ou nostálgicas de uma era passada.
Pelt revela sua profundidade lírica na atmosférica “Stars
Are Free”, derramando gentilmente entonações
sustentadas sobre a contribuição sonhadora do convidado Frank LoCastro,
vibrando no Fender Rhodes e no encaracolado
toque de bateria e na sua programação por parte de Hawkins. “Princess Charlie”,
que Pelt escreveu para sua filha, apresenta um solo dançante por ele e uma
delicada vocalização sem palavras de Fabiana Masili, que canta a letra em
português amorosamente, bastante breve
em “Rastros” (tradução: “Footprints”), apresentando cello e harpa. O ponto alto
do álbum é “The Secret Code” uma afiada , bem conduzida canção como uma
colagem, originalmente escrita para a antiga banda de Pelt’, Creation
, e apresentando Bryant no órgão e Coss no clarinete baixo. Com seus inflexíveis
ataques com textura sem relevo, Hawkins soa como se ele estivesse realmente gravando
mensagens secretas na música.
Faixas:
Higby Part 1, Stars are Free, Princess Charlie, The Calm Before the Storm,
Glimpse, Rastros, In My Grandfather’s Words, The Secret Code, Verse.
Fonte :
Lloyd Sachs (JazzTimes)
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