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sábado, 31 de maio de 2014

MARCUS ROBERTS NONET – DEEP IN THE SHED: A BLUES SUITE (J-Master/Tunecore)

Reinterpretar seu próprio álbum não é tão singular quanto parece. Afinal, acontece com canções o tempo todo. O que merece destaque, entretanto,  é a audição do original de Roberts , “Deep in the Shed” de 1990, cuja realização é tributária de Ellington. A interpretação de 2013, ao contrário, soa como um álbum de Marcus Roberts — o que é uma boa.

Isto assinala a segura proficiência no piano de Roberts  ao longo de mais de 20 anos: Canções como “The Governor” e “Spiritual Awakening” apresentam um toque mais brilhante, linhas mais claras, acordes menos expostamente derivados de Ellington e Monk. Mais importante, as influências de Roberts têm se estendido. Seu interesse no jazz tradicional  aparece nas linhas do instrumento de sopro em “Mysterious Interlude” e alguns improvisos coletivos aparecem inesperadamente em “E. Dankworth”—anteriormente  apresentado por Wynton Marsalis, agora incluindo espaços para solo de todo mundo.

Uma banda expandida (nove instrumentos, adicionando um segundo trompete e um saxofone tenor ao septeto original) faz a diferença, com fazem  os novos instrumentistas . Em particular, o seco  Stephen Riley, com a sonoridade do tenor à la Getz serve à música belamente, salientando o mistério da anteriormente mencionado “Interlude” . Também, o trabalho afiado dos pratos do baterista Jason Marsalis é o fator de distinção por outro lado  na recriação fidedigna de “Nebuchadnezzar”. O alto saxofonista Wess Anderson, um dos remanescentes do  álbum original ao lado  de Roberts, ganhou maturidade e segurança como o líder: Mesmo nas passagens da banda (“Nebuchadnezzar”) ele está perceptivelmente mais assertivo do que foi em 1990, quando ele essencialmente ficou preso ao estilo de Johnny Hodges .

“Deep in the Shed” também conserva o sentimento do blues, apesar de “E. Dankworth” ser o único blues atual neste Blues Suite, enquanto reduz o senso de melancolia. A única canção nova, a despreocupada  faixa de encerramento , “Athanatos Rythmos”, faz mais por este departamento. Fãs do original desfrutarão esta reimaginação, qualquer um decidindo sobre o qual versão escolherá .

        Faixas

 1. The Governor
 2. Mysterious Interlude
 3. E. Dankworth
 4. Spiritual Awakening
 5. Nebuchadnezzar
 6. Deep in the Shed
 7. Athanatos Rythmos

Fonte : Michael J. West (JazzTimes)


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