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segunda-feira, 26 de maio de 2014

MICHEL CAMILO – WHAT´S UP? (OKeh)

Michel Camilo nunca evitou um desafio, se liderando um poderoso trio marcadamente ágil, como exibido no documentário Calle 54 ; comandando uma big band; fazendo parceria com o guitarrista flamenco Tomatito; sendo convidado de orquestras (frequentemente apresentando seus próprios arranjos) ou criando orquestração para filmes. Para seu primeiro álbum solo desde 2005, o bem recebido “Solo”, o virtuoso dominicano revela maiores profundidades em sua fluente abordagem para piano solo . Ele utiliza suas composições e encantadores rearranjos de standards do jazz e da música latina para amplificar a inocência rítmica, a criatividade textural e técnica brilhante, pela qual ele é bem conhecido.

 O repertório é admiravelmente amplo, com Camilo usando prodigiosas sucessões de notas para encontrar novos caminhos através e ao redor das complexidades polirrítmicas de “Take Five” de Paul Desmond  , aplicando acordes brilhantes em desvios inesperados e refraseados temáticos para “Alone Together” e impregnando “Love for Sale”  de Cole Porter com suingue entalhado e um real senso de diversão. “Chan Chan”  do pianista cubano Compay Segundo é um destaque dramático,  tem o tema construído em entonação sombria, ganhando em poder e inventividade em cada tempo.

As sete composições de Camilo são similarmente atrativas, iniciando com a condução da mão esquerda e  encantamento do blues e boogie da abertura “What’s Up?” e a cristalina balada “A Place in Time”. Em aproximadamente seis minutos e meio, “Sandra’s Serenade” move-se da  delicadeza de uma caixa de música para a grandeza clássica. “Island Beat” tem Camilo completamente acessando os ritmos afrocaribenhos e expandindo grandes floreios. E  após outras composições próprias estimulantes —“Paprika” e “On Fire”—Camilo encerra com um tranquilo devaneio , “At Dawn” , um raro momento melancólico aqui.

Faixas: What's Up; A Place In Time; Take Five; Sandra's Serenade; Island Beat; Alone Together; Paprika; Love For Sale; Chan Chan; On Fire; At Dawn.


Fonte: Philip Booth (JazzTimes)

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