O vocalista, multi-instrumentista e compositor Vinicius
Cantuária começou sua carreira como roqueiro no Rio e depois mudou-se para Nova
York nos anos 90, e veio a ser um pioneiro no movimento neo-Brazilian e um vigoroso participante da cena jazzística local. Mais
recentemente , aos 62 anos, emergiu como visível herdeiro de Antônio Carlos
Jobim.
Como Jobim, ele obtém uma máxima milhagem emocional de uma
débil e seca voz , entretanto, sua suavidade estilística está mais assemelhada
a Charles Aznavour. Como autor ou co-autor de 09 das 10 faixas do álbum, ele
ecoa a sutil elegância de Jobim. Um mestre da brevidade – este disco dura
apenas 30 minutos. Cantuária especializa-se em minúsculas e perfeitas joias
como a vislumbrante “Um Dia”,
apresentando o tecladista Olivier Glissant e a sedosa “Quem Sou Eu” com Norah
Jones ao piano.
Cantuária viaja no solo em quatro faixas, modulando o vocal
acima de sua própria guitarra, teclado, bateria e trabalho de percussão com o
efeito acumulativo alcançando seu ápice na vibrantemente divertida faixa
título. O multitalentoso artista japonês, ator e ativista Ryuichi Sakamoto
visita-o duas vezes, adicionando encantadoramente acordes dissonantes e codas frequentes para “Moça Feia” e “Acorda”. Bill Frisell, co-líder com Cantuária
no encantador “Lágrimas Mexicanas” em 2011 está em três faixas A única peça em
inglês, “This Time”, exibe Cantuária e o vocalista Jesse Harris mesclando sem
emendas a letra tristonha.
Faixas
1 Humanos 2:24
2 Moça Feia 6:23
3 Purus 3:43
4 Acorda 2:19
5 Um Dia 1:01
6 Quem Sou Eu 1:42
7 This
Time 4:07
8 Chove Lá Fora 3:34
9 Índio De Apartamento 1:32
10 Pé Na Estrada 3:09
Fonte : Christopher Loudon (JazzTimes)
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