
Esta configuração heterodoxa oferece espaço para atrativa
interação e, frequentemente, extravagante, além de improvisações inspiradas. A
sincopada “Ghumba Zumba” de Frank London
inicia sublinhando a pegada da segunda linha do grupo, sua melodia servindo
como um trampolim para a exploração (Uma estratégia similar é usada na
contagiante “Sugarfoot Stomp” de Bernstein). O canto fúnebre “Chaman’s
Interlude” do líder , apresentando um
esquema de sopro similar a um didgeridoo
(NT- Instrumento de sopro utilizado
por aborígenes da Austrália para produzir um longo e profundo som), sinos e
floreios na bateria; “99%”, com toque blueseiro, exibe a vocalista convidada , Shelley Hirsch, refletindo em tempos pesados e sem bateria, “Rendezvous” realça os brilhantes matizes dos
metais. Reinterpretações incluem uma versão longa de “The Hardest Button to
Button” de White Stripes, primorosamente
arranjada por Bernstein, e uma
interpretação exuberante da tradicional rancheira “Canta y No Llores”. A
atmosfera sobrenatural na composição coletiva “Noctiluca” é criada através dos pratos
econômicos de Martin, encurvado e com variados artifícios percussivos. Combinado
com o sussurrante Rojas e eco e protelação de Bernstein , a atuação traz para
este trabalho mistério, ainda que satisfatório.
Faixas:
Ghumba Zumba; Theme One; Button to Button; Rendezvous; 99%; Muffaletta;
Sugarfoot Stomp; Chaman's Interlude; Canta Y No Llores; Mbwemofolo; Noctiluca.
Fonte: Sharonne Cohen (JazzTimes)
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