
O novo álbum é precioso pela forma da mistura dos dois
formatos de Jarrett, que estão normalmente separados: solos completamente
improvisados e interpretações de standards
em trio . “Somewhere” inicia com um solo
improvisado chamado “Deep Space” , que é
uma reunião de fragmentos que flutuam e
lentamente mudam, harmonizando e cativando o brilho. Então o baixo de Peacock
assoma sob Jarrett e estabelece o movimento da peça , e logo você percebe que
os fragmentos começaram a aglutinarem-se e ganhar forma. Aos 5:41 a forma é
claramente estabelecida para “Solar” de Miles
Davis e, por quase 10 minutos mais, Jarrett busca um vasto desdobramento no
qual “Solar” é um referencial distante. Ao
final, ele retorna aos cristalinos agrupamentos de “Deep Space”, que contém
manifestações de “Solar”.
A faixa título experimenta
um processo criativo similar. “Somewhere” no início é cuidadosamente exposta
como um pregador. Então Jarrett começa a
desgarrar-se dela. Sua contínua mão esquerda consequentemente passa de forma efêmera para canções de Leonard
Bernstein/Stephen Sondheim dentro de um ritual pagão chamado “Everywhere”.
Bernstein e Sondheim compuseram “Tonight” sobre liberdade. Jarrett a faz
extática. O encerramento “I Thought
About You” foi composto por Jimmy Van Heusen e Johnny Mercer. No jazz ela pertence a Miles Davis, e por esta razão retorna o
álbum por onde começou. Jarrett, Peacock e DeJohnette toca-a por cinco minutos
meramente para descobrir e entrelaçar pensamentos das três existências.
Faixas:
Deep Space/Solar; Stars Fell on Alabama; Between the Devil and the Deep Blue
Sea; Somewhere/Everywhere; Tonight; I Thought About You.
Músicos: Keith Jarrett: piano; Gary Peacock: baixo;
Jack DeJohnette: bateria.
Fonte:
Thomas Conrad (JazzTimes)
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