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quinta-feira, 17 de julho de 2014

TINE BRUHN & JOHNNY O'NEAL – NEARNESS (Burner)

A despeito da carreira multifacetada que se expande por  várias décadas , o pianista Johnny O’Neal é ainda conhecido só como sua breve , mas competente,  aparição como Art Tatum na biografia cinematográfica de Ray Charles, Ray. Tão musicalmente correta foi a representação de O’Neal, que de primeira os ouvinte frequentemente esperam que ele soe como Tatum. Atualmente, seu mentor Oscar Peterson é a mais direta influência , entretanto é impossível também não ouvir a melodia de Bill Evans, particularmente no reservado e inteligente acompanhamento que ele providencia para a vocalista dinamarquesa Tine Bruhn em “Nearness”, seu recente lançamento.

 A dupla encontrou-se durante o verão de 2011, quando o pianista regular de Bruhn não compareceu a um show referente a um compromisso em um clube, desde então vêm trabalhando junto. Esta extensão sugere que a natural harmonia deles é tão comovente quanto à de Bill Evans com Tony Bennett  ao final dos anos 70.

Há sentimentos matinais para  estes 10 vigorosos  standards, uma impressão intensificada pelo atmosférico saxofone tenor de Stacy Dillard em quatro faixas. A voz de Bruhn, com traços leves de sua ancestralidade nórdica ainda é evidente, é a suavidade de um fiorde com ternura lisonjeira. Como é frequente em vocalistas que adotam o inglês como segundo idioma, sua dicção e fraseado são impecáveis. Porém é O’Neal que esboça  um vistoso  “Just in Time” ou prontamente intensifica a dor de  “Never Let Me Go”, verdadeiramente  modelando a profunda intimidade do álbum.

Faixas

1 I'll Be Seeing You 3:48
2 But Beautiful  7:13
3 Easy To Love 3:43
4 The Nearness of You 7:22
5 If I Should Lose You 4:54
6 My Foolish Heart  5:08
7 Just In Time 3:35
8 Never Let Me Go 4:11
9 All Of You 4:31
10 Skylark 5:26


Fonte : Christopher Loudon (JazzTimes)

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