O pianista e compositor inglês John Escreet tem sempre
demonstrado uma aptidão pela ousadia: Quando
ele chegou à cena jazzística de Nova York em 2006, suas formidáveis
improvisações assemelham-se àquelas de Jason Moran e Vijay Iyer— buscando o
exploratório, ainda que de forma melódica. Desta vez, entretanto, Escreet lidera
toda a força com o objetivo de alcançar o moderno free jazz, trocando o melodioso por coreografada desordem. Como o
título do disco sugere, som e consciência especial reinam supremos com ele e
seus antigos companheiros de trio — o baixista
John Hébert e baterista Tyshawn Sorey— e tem incorporado o lendário Evan
Parker. Juntos eles oferecem uma música com um ciclo de nove partes, cada seção
sendo preenchida com tonal sabedoria e textural imaginação.
Dada a enigmática entonação das improvisações coletivas e os
títulos enxutos das faixas —“Part I” até
“Part IX”— é o adequado para pensar sobre o álbum como uma singular performance.
Porém na “Part VII” , a mais acessível das nove , Sorey
comanda o quarteto com frescor, suingando com força viva igualmente quando Escreet
entra, rondando a Ellingtonia antes de
martelar acordes dissonantes e passagens fragmentadas. As linhas espiraladas do
saxofone tenor de Parker e as esquivas
linhas do baixo de Hébert possibilitam à
faixa um som impetuoso que evoca o melhor dos LPs experimentais da Blue Notes do meado da década de 60. Todavia,
Escreet e seus companheiros recusam-se a passar para qualquer balanço
perceptível e cada músico deleita-se com
as cacofonias do momento.
Faixas
Part I -
3:36
Part II - 5:41
Part III - 4:32
Part IV - 3:26
Part V - 4:48
Part VI - 3:37
Part VII - 8:55
Part VIII - 4:49
Part IX - 4:28
Part II - 5:41
Part III - 4:32
Part IV - 3:26
Part V - 4:48
Part VI - 3:37
Part VII - 8:55
Part VIII - 4:49
Part IX - 4:28
Fonte: John
Murph (JazzTimes)
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