Christine Jensen é uma da nova classe de compositoras/arranjadoras que escreve para orquestras em grande escala, favorecendo temas que pintam quadros bem elaborados e contam estórias evocativas, a maioria das quais baseadas em estórias pessoais ou particulares pontos de vista ou sons que têm se estendido em sua mente e a conduzido a levá-los ao papel (metaforicamente, falando, claro, já que a maioria dos músicos utilizam computadores, como o resto de nós, hoje em dia).
Jensen, uma canadense, reuniu uma série dos mais finos
músicos (e uma notável mulher), que ela poderia
encontrar para ornar seu segundo álbum com big-band , “Habitat”, que contem um grupo amplo de pitorescos poemas que entonam no estilo de
contemporâneos como Maria Schneider e o companheiro da McGill University, o ex-aluno Darcy James Argue, bem como do seu
guru musical Bob Brookmeyer . Mesmo assim, o vernáculo de Jensen é, em boa
quantidade, de sua lavra, produzindo experiências análogas aos seus companheiros,
enquanto , ao mesmo tempo, explora caminhos novos e atrativos. Uma segunda
Jensen, irmã e trompetista, Ingrid, é muito mais que uma parte do
empreendimento, emprestando seu considerável talento para a sessão em quatro números
e solando em três: "Treelines", "Intersection" e
"Sweet Adelphi", a última com Christine em uma dupla no sax soprano.
Outra das composições de Christine, a tempestuosa balada "Nishiyuu"
, foi escrita para o saxofonista tenor Chet Doxa que a envolve com adequada
profundidade e intensidade. "Treelines" , encomendada pela University of Nebraska-Lincoln, fecha a
cortina, com maleável paisagem sublinhando
significativos manifestos de Ingrid Jensen e o sax alto de Donny Kennedy. "Tumbledown",
que segue, foi composta por Christine como uma homenagem a Porto Príncipe,
Haiti, "Blue Yonder" (a faixa mais curta do álbum com 7:53) como
"um esboço de estudo do ritmo de festejo Afro-Peruano". O tenor Joel
Miller e o trombonista Jean-Nicolas
Trottier são os solistas em "Tumbledown" , o saxofonista barítono Samuel
Blais e o baterista Richard Irwin em
"Blue Yonder". A lírica, bem temperada "Sweet Adelphi" é
precedida por "Intersection", escrita para descrever uma caminhada ao longo de uma diversificada
e bem conhecida rua de Montreal, St.
Laurent. Os solistas são Miller, Irwin, Ingrid Jensen (que soa como se
tivesse adicionado efeitos eletrônicos), o baixista Fraser Hollins, o
saxofonista alto Erik Hove e o pianista
John Roney.
Se nada mais, “Habitat” serve como um inequívoco anúncio que
Christine Jensen é uma compositora cuja singular percepção e inocência enriquecerá a cena contemporânea
das big-bands por muitos anos pela
frente. Em outras palavras, este impressivo passo avançado marca o início do
que poderia ser uma longa e bem-sucedida jornada.
Faixas :
Treelines; Tumbledown; Blue Yonder; Nishiyuu; Intersection; Sweet Adelphi.
Gravadora:
Justin Time Records
Estilo:
Straight-ahead/Mainstream
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: JACK
BOWERS (AllAboutJazz)
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