
O atual Unity Group soa menos radical. Em relação à anterior
Unity Band, houve o acréscimo do músico e vocalista Giulio Carmassi,
revezando-se em 11 instrumentos, numa ampliação da paleta de timbres do
conjunto. O eixo do novo quinteto (complementado por Bem Williams, baixo, Antonio
Sánchez, bateria e percussão) é o diálogo das guitarras elétricas, acústicas e
sintetizadores do líder com os sopros de Chris Potter (saxes tenor, flautas e
clarinetes), combinação que rendeu discos memoráveis nos encontros de Metheny
com os saxes tenores, Michael Brecker e Dewey Redman (80/81, de 1980) e o sax
alto de Ornette Coleman (Song X, 1985).
O jazz conduz o trajeto de nove faixas,a lgumas com longos e
tempestuosos improvisos , como On Day,
aparentada ao Samba de Uma Nota Só , talvez
eco de sua residência no país e formação musical jobiniana. Mas também há
tinturas de flamenco em One, melodia
folk destilada em KQU, reflexão
erudita nas sequências harmônicas de Adágia
e algo de rhythm & blues nas veias abertas de We Go On. A arte de Metheny ignora fronteiras.
Faixas
1 On Day
One 15:15
2 Rise
Up 11:56
3 Adagia
2:14
4 Sign
of the Season 10:14
5 Kin 11:06
6 Born
7:51
7 Genealogy
0:38
8 We Go
On 5:33
9 KQU 5:27
Fonte : Tárik de Souza (CartaCapital)
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