O álbum de Paul Bley de 1973, “Open, to Love”, estabelece um
precedente como um documento da habilidade do pianista na atuação solo e na
rica produção que se tornou uma expectativa com a ECM Records. A despeito do
sucesso artístico, Bley não lançaria outro álbum solo para a ECM até 2007, quando
retornou com “Solo in Mondsee. Thankfully”, e não foi tão longa a espera pelo
terceiro recital de piano solo, tomada de uma performance no Oslo Jazz Festival em 2008.
Ouvindo Bley em ação,
aplicando seu próprio senso de organização para várias abordagens, ainda se
sente excitado. Em Way Down South Suite o blues que aparece duas vezes, extenso o
bastante para enredar-se ao redor. Em poucos minutos, ele toca uma melodia em
registro alto, dando-lhe sentimento de inocência. Posteriormente, em uma peça
de 15 minutos, ele interrompe uma linha diferente do blue com uma rotação
dissonante, como se falasse para si.
No meio, ele cria drama com uma pausa fecunda e som amortecido
das cordas do piano com uma mão, enquanto golpeia as teclas com a outra. A
igualmente extensa “Far North” emerge de um simples riff cordal, onde suas mãos buscam a outra e brevemente escorre em
um stride sem forma. A energia é
elevada, mesmo quando Bley apenas deixa
acordes ressoar suavemente. Seguindo uma ovação de 90 segundos, o trabalho
encerra com uma rápida versão em registro alto de “Pent-Up House” de Sonny
Rollins para a qual Bley adiciona alguma pontuação trovejante avant-garde.
Faixas
1 Far
North 17:06
2 Way
Down South Suite 15:24
3 Flame 7:44
4 Longer
10:23
5
Pent-Up House 6:12
Fonte: Mike
Shanley (JazzTimes)
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