Menos que um ano após o vigoroso disco solo “Piano Sutras”,
Matthew Shipp retorna com seus fieis companheiros de trio (o baixista Michael
Bisio e o baterista Whit Dickey) para outro sólido lançamento. Embora o pianista
tenha mantido prolíficos e regulares lançamentos por aproximadamente duas
décadas, suas composições - ou pontos de
partida—asseguram que ele não está meramente repisando variações de uma mesma
coisa em cada lançamento.
Ao vivo, o trio frequentemente segue composições em conjunto
para um contínuo trabalho, e embora tenha parada entre as faixas, esta sessão
em estúdio flui da mesma maneira. A faixa título deve ser, defensavelmente, a peça mais acessível de Shipp.
A pulsação rola livremente, tanto quanto Dickey flui e ribomba sob o pianista,
que continuamente retorna ao fluxo de abertura com Bisio. Se alguém ainda está
convencido que Shipp não sabe como suingar, o passeio do baixo e os acordes
sincopados de “Jazz It” provam outra coisa.
Bisio eDickey ganham oportunidade para se espalhar durante
os solos de Shipp, mas também ganham , cada um ,uma faixa para que exibam,
amplamente, suas habilidades em um trabalho desacompanhado . O destaque de Dickey
consiste fundamentalmente em uma combinação de estalos no tambor e pratos, soltos mais
engajados (“Pulse Code”). O arco de Bisio cria um trabalho cheio de uso de
texturas, que habilmente alterna-se com motivos dedilhados (“Path”). “Solid
Circuit” inicia como um piano solo, que
se move em uma tranquilidade aparada e é marcada pelo fraseado igualmente truncado.
Comparado ao que foi seu trabalho anterior, este, soa como se o grupo estivesse
tecendo movimentos giratórios como se tentasse convergir para uma ideia
completa. Porém, eles ainda geram excitamento, ainda que façam do seu jeito.
Faixas:
Root Of Things; Jazz It; Code J; Path; Pulse Code; Solid Circuit.
Fonte : Mike
Shanley (JazzTimes)
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