Superficialmente, a pianista japonesa Eri Yamamoto deve ser a
artista mais convencional no intrépido selo AUM Fidelity . Ainda há virtudes na música de Yamamoto,
que são raramente ouvidas em outras partes. Uma é a profundidade de sua
harmonia com a seção rítmica que tem trabalhado com ela regularmente por 13
anos, realizando um completo e firme fluxo de novas composições de sua
prolífica inspiração. Outra habilidade de Yamamoto é evocar efêmeros
sentimentos e conceitos com precisa entonação. Na abertura do álbum, “Memory
Dance”, ela celebra amigos falecidos com frases musicais líricas de crescente intensidade ,variando as
ênfases e o tempo levemente sem espremer
a ressonância com os seguros David Ambrose, no baixo, e Ikuo Takeuch, na
bateria, providenciando variação enquanto homenageia-a sutilmente.
Aquele antigo, mas ainda delicado balanço, é um pouco
alterado em “Firefly”, entretanto. É a primeira gravação ao vivo do Yamamoto
Trio, um trabalho que quase inevitavelmente gera fervor, e Ambrose e Takeuchi estão
mais proeminentes e vigorosos na mistura destas oito músicas inéditas. O
calibre e variações dos solos deles intensificam-se com Yamamoto na evocativa
faixa título e na doce cabriola de “Playground”.
Porém, é preferível quando Yamamoto é, obviamente, a primeira entre os iguais,
porque ela está melhor equipada para adicionar gravitacional e emocional peso
no lirismo de suas músicas (Ou talvez eu apenas trate com carinho o status quo do trio no estúdio).
“Firefly” encerra com “Real Story”, provavelmente o mais
expressivo blues que Yamamoto compôs em anos, embora permaneça uma ocorrência furtiva em tempo médio. Aqui o
veículo está com frases mais soltas e com incrementos, mas Yamamoto, como seu
mentor, Tommy Flanagan, soa sutil mesmo quando está endiabrada, e emparelham
com as emoções que efetivamente se infiltram.
Faixas
1 Memory Dance
2 Few Words
3 Around on the Way
4 Firefly
5 Heart
6 Echo
7 Playground
8 Real Story
Fonte:
Britt Robson (JazzTimes)
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