Embora o título do álbum do quarteto do baixista Eric Revis
aparentemente homenageie títulos iniciais da AACM (pense no manifesto desacompanhado do pianista
Muhal Richard Abrams “ Things To Come
From Those Now Gone Delmark, 1975”) , a atualidade é inteiramente diferente. Tendo
realizado mudanças desde o aclamado “City of Asylum”, o grupo age primeiramente como veículo explorador de esquemas imaginativos delineados pela banda, ao lado de dois clássicos do free
jazz e de dois grupos inventivos,
desta vez sem o uso de um piano. Revis
tem um histórico de longa ocupação com Branford Marsalis , incluindo, também,
trabalhos com os músicos Peter Brotzmann
e Ken Vandermark . Revis desafia fáceis categorizações.
Aquele caráter persiste quando consideradas 13 das faixas nesta sessão de estúdio,
assim como a banda abarca um amplo leque
do terreno. Com este objetivo em mente, Revis reuniu um notável grupo de
músicos. O saxofonista alto Darius Jones
maneja sua costumeira mistura melodiosa agridoce e pequenos toques
atonais, contrastando com como legato
mais muscular do tenor do saxofonista Bill McHenry. O baterista Chad
Taylor guia qualquer coisa que lhe é
lançada com graciosa segurança dos ritmos funk ou com pulsação intricada.
Apesar de ter talento nas mãos, o enfoque permanece menos
sobre os solos, que tendem a ser concisos, e mais na interação e espírito da
banda. Em nenhuma parte o efeito impressionante das composições é melhor
ilustrado do que na abertura de duas faixas, onde o
vibrafone de Taylor infunde a melancolia
à la Satie em "The Tulpa Chronicles I" construindo a frugalidade das variações melódicas do líder,
enquanto o estruturado improviso em "Hits" inicia com um som estridente
eclodindo alternadamente com pequenas
vinhetas explosivas de cada membro antes de um final coletivo bravio. Revis revela em
linhas dardejantes, temas vigorosos (por meio dos quais uma música é compartilhada por dois ou mais
instrumentos), e múltiplas camadas de ação, evidenciadas pela jubilosa obliquidade de "The Tulpa
Chronicles II" e a vibrante "The Tulpa Chronicles III" que
apresenta o uso ativo do arco por parte do baixista.
Das duas reinterpretações, "Shadow World" de Sun Ra corta o término da versão de Magic
City (Saturn, 1966), apresentando conformidade extraplanetária aguda através de dois
instrumentos de sopro, com Taylor explodindo em frenético crescendo, enquanto "Somethin's
Cookin'" de Sunny Murray justapõe-se lentamente impulsionando os saxofones
contra os atarefados baixo e bateria. O
antigo empregador de Revis aparece na "Unknown" com pegada bop
inserindo uma complicada atuação do tenor dentro de um animado e ágil suíngue, e , outra vez, o improvisado "FreeB"
juntando-se em uma escaramuça cintilante
de instrumentos de palhetas quebrando como ondas na praia. Em toda parte, há quase muito para saborear. Cinco números atingem
menos de três minutos e as mais longas estão em torno de sete, assim seria bom
ouvir este material de forma mais ampla em um concerto.
Faixas: The
Tulpa Chronicles I; Hits; Son Seal; Somethin’s Cookin’ ; Unknown; The Tulpa
Chronicles II; Voices; A Lesson Earned; The Shadow World; Hold My Snow Cone;
FreeB; The Tulpa Chronicles III; If You're Lonesome, Then You’re Not Alone
Músicos:
Eric Revis: baixo; Chad Taylor: bateria, vibrafone; Bill McHenry: saxofone tenor;
Darius Jones: saxophone alto
Gravadora: Clean Feed Records
Estilo: Jazz
Moderno
Fonte : JOHN
SHARPE (AllAboutJazz)
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