O Beatles se foram. Eu
sei disto. Porém, eu me mantenho
pensando que se eu comprar mais um disco do Paul McCartney, talvez a velha
magia retorne.
Talvez. Porém, nunca
ocorre.
Paul McCartney é como isto. Você sabe quão grande ele foi
com os Beatles. Você sabe como foram importantes alguns dos seus discos solos. E,
embora, você saiba que ele nunca escreverá outra "Band on the Run" e
seguramente nunca escreverá outra "Sgt. Pepper" , você mantem a
esperança.
Chick Corea, também, provoca-me , tal sentimento.
Eu cheguei ao jazz através de Chick Corea—pela porta de trás.
Eu descobri o jazz indiretamente. Comecei com as bandas de rock Chicago e
Emerson Lake & Palmer. Com Chicago estava a seção de metais. Com ELP, os
sintetizadores. ELP conduziu diretamente a Chick Corea e Herbie Hancock e, sim, eu
confesso, mesmo a "Switched on
Bach".
Assim ,
descobri "Return to Forever" e
"My Spanish Heart" e "Light as a Feather". Isto
guiou-me ao Chick acústico, incluindo um das minhas gravações favoritas de jazz
s, seu disco duplo em dueto com Herbie Hancock. Não só é uma grande música, mas
me lembra um tempo feliz em minha vida. Apenas como Paul e the Fabs.
Porém, anos se passaram.
Chick Corea lançou mais álbuns. Alguns foram bons, alguns mais ou menos, mas
nenhum pareceu tão bom aos meus ouvidos quanto os de Chick Corea de antigamente.
Há poucos anos atrás eu ouvi no rádio músicas de um novo
álbum de Chick Corea, "The Ultimate Adventure". Soou apenas como o velho Return to Forever! A magia estava de volta! Eu captei. Assim eu o comprei. E agora após anos de
repetidas audições, eu tenho que admitir: é bom, mas não é um clássico.
Há momentos. Ritmos complexos. Flautas enlevadas. Motivos do
Oriente Médio. Toques latinos. Piano e sintetizadores. Porém, nenhuma melodia
memorável. Eu sei que não deveria , mas eu não posso ajudar comparando-o com o
Chick dos anos 1970. E embora eu o desfrute, não é o mesmo. Talvez seja incorreto
pensar que seria.
Assim, está OK desfrutar um novo CD de Paul McCartney, mas
eu nunca serei tolo em pensar que o próximo será "Rubber Soul". Infelizmente,
eu fui um pouco tolo sobre "The Ultimate Adventure". É bom. Eu gosto em pequenas doses. Porém, Thomas
Wolfe estava certo. Você não pode ir para casa outra vez. Você nunca Return
to Forever.
Faixas:
Three Ghouls Part 1; Three Ghouls Part 2; Three Ghouls Part 3; CIty of Brass;
Queen Tedmur; El Stephen; King & Queen; Moseb the Executioner Part 1; Moseb
the Executioner Part 2; Moseb the Executioner Part 3; North Africa; Flight from
Karoof; Planes of Existence Part 1; Arabian Nights; Gods & Devils; Planes
of Existence Part 2.
Músicos: Chick Corea: piano, fender rhodes, sintetizadores,
percussão acústica e eletrônica, palmas; Steve Gadd: bateria, palmas (1-
3,6,7,13,14); Airto Moreira: percussão, voz (1-3,9-12); Carles Benavent: baixo,
palmas; Hubert Laws: flauta (1-3,5); Hossam Ramzy: percussão (4,13,14); Jorge
Pardo: flauta, palmas, saxofone (4,6- 15,18,19); Vinnie Colaiuta: bateria
(5,9-12,16,17); Tim Garland: clarinete baixo, saxofone tenor (5,9-11); Rubem
Dantas: percussão, palmas (5,8-12,15-19); Tom Brechtlein: bateria, palmas
(8-11,15,19); Frank Gambale: violão (16,17).
Gravadora: Stretch
Records
Estilo: Jazz Moderno
Fonte : MARC
DAVIS (AllAboutJazz)
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