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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ELDAR DJANGIROV - BREAKTROUGH & BACH/BRAHMS/PROKOFIEV (Motema)


Quando Eldar Djangirov chegou à América da sua nativa Quirguistão ele já havia alcançado a adolescência. Um prodígio que começou trabalhando no piano aos 3 anos, tocando solos aprendidos de ouvido a partir de discos de jazz até aos cinco anos, quando ganhou treinamento clássico através de sua mãe professora de piano. Agora, na maturidade dos 26 anos, residente nos Estados Unidos desde os anos 90, Djangirov (que anteriormente atuava apenas sob seu primeiro nome) lançou dois álbuns simultaneamente, um com seu trio de jazz, o outro uma gravação solo de música erudita. Ambos são igualmente recompensadores por diferentes razões

Resenhadores têm elogiado frequentemente as rápidas lufadas de notas de  Djangirov, sua expansão de pensamento próximo ao grandioso e sua predileção por material do mesmo tipo, mas em “Breakthrough “ estes elementos foram reduzidos em favor de uma abordagem mais rítmica e lírica. Misturando standards, inéditas e uma reinterpretação do Radiohead  (“Morning Bell”), Djangirov ainda gosta de pompa e regozijo, mas em toda a parte ele parece ter aprendido que há mais conexão com o ouvinte do que caçando sua própria cauda em torno do teclado. “In Pursuit”, uma das inéditas, o sentimento de Art Tatum/Oscar Peterson é a marca do estilo de Djangirov, mas ele  sabe quando é adequado voltar e ceder o espaço para sua capaz seção rítmica formada pelo baixista Armando Gola e pelo baterista Ludwig Afonso. Convidados põem sua marca como Chris Potter (saxofone tenor na faixa título) Joe Locke (vibrafone em “Blink”) e sugerem novas complexidades nas composições de Djangirov, estabelecendo fronteira com o fusion e posteriormente cruzando um linha de piano latino com uma vigoroso impulso do postbop .

“Bach/Brahms/Prokofiev”, como o título sem ornamentação sugere , é um lançamento puro de solo clássico, não carregando, virtualmente, nenhuma alusão a outra vida de Djangirov como músico de jazz. O que mais chama a atenção, entretanto, é a sensibilidade que ele encontra para a gravação, especialmente para Brahms “Eight Piano Pieces, Op. 76”. Tão agressivo e progressivo quanto seu trabalho no jazz frequentemente é, aqui ele revela um lado da sua personalidade musical em que ele está mais disposto a servir à composição em vez de a si próprio. Entretanto ele percorreu um longo caminho em pouco tempo, e o jazz de Djangirov pode ainda usar poucas lições da sua personalidade clássica.

Faixas Breakthrough : Point Of View Redux; Somebody Loves Me; Breakthrough; What'll I Do; Morning Bell; In Pursuit; No Moon At All; Hope; Tokyo Pulse; Blink; Good Morning Heartache.

Faixas Bach / Brahms / Prokofiev
1 Partita No.2 In C Minor, Bwv 826 4:30
2 Partita No.2 In C Minor, Bwv 826 2:23
3 Partita No.2 In C Minor, Bwv 826 2:28
4 Partita No.2 In C Minor, Bwv 826 3:51 
5 Partita No.2 In C Minor, Bwv 826 1:29 
6 Partita No.2 In C Minor, Bwv 826 3:27 
7 Eight Piano Pieces, Op. 76: I. Capriccio In F-Sharp Minor 3:11
8 Eight Piano Pieces, Op. 76: II. Capriccio In B Minor 3:13
9 Eight Piano Pieces, Op. 76: III. Intermezzo In A-Flat Major 3:01
10 Eight Piano Pieces, Op. 76: IV. Intermezzo In B-Flat Major 2:20
11 Eight Piano Pieces, Op. 76: V. Capriccio In C-Sharp Minor 3:08
12 Eight Piano Pieces, Op. 76: VI. Intermezzo In A Major 3:58
13 Eight Piano Pieces, Op. 76: VII. Intermezzo In A Minor 4:42
14 Eight Piano Pieces, Op. 76: VIII. Capriccio In C Major 3:49
15 Sonata No.7 In B-Flat Major, Op. 83 8:16
16 Sonata No.7 In B-Flat Major, Op. 83 6:02
17 Sonata No.7 In B-Flat Major, Op. 83 3:32
18 Flight of the Bumblebee 1:08

Fonte : Jeff Tamarkin (JazzTimes)

 

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