Álbuns de piano solo são usualmente os trabalhos realizados
pelos mais talentosos e audaciosos pianistas. Pense em Art Tatum, Oscar
Peterson, Cecil Taylor e Keith Jarrett. Ou nos recentes trabalhos de Vijay Iyer,
Geri Allen, Fred Hersch e Craig Taborn. Ou, agora, no novo lançamento da Sunnyside do geralmente subapreciado Laszlo Gardony.
“Clarity” é o segundo
trabalho solo de Gardony, sendo que o primeiro apresentou suas interpretações de
familiares músicas do jazz em seu álbum
de 1995, “Changing Standards”. “Clarity”, ao contrário, apresenta 49 minutos de pura improvisação , quebrados
dentro das visões como “10 estórias curtas sendo construídas sobre cada uma”.
Gardony foi a um estúdio no Berklee College of Music (onde é um
antigo membro da faculdade) em 25 de Outubro de 2012, refletindo sobre seus pais recentemente falecidos e pressionou
o botão “gravar”. “Foi uma sessão prazerosa, extensa, mas introspectiva”, ele
relembra no informe à imprensa. “Eu sentei, senti-me realmente inspirado e cada
música guiou a outra”.
O resultado do álbum é surpreendentemente intimista, como se
nós ouvíssemos por acaso, atrás da porta, um grande pianista refletindo em sua dependência para prática. A música é
catártica, celebratória mais do que sombria, e a mistura das suas raízes
europeias deu-lhe um sentimento
semelhante ao trabalho solo de Jarrett para a ECM, particularmente em faixas
como “Working Through (Clarity)”, “Better Place” e “Resilient Joy”.Porém o álbum
é melhor ouvido em sua unidade. Além de ser uma adição impressiva à história do
solo de piano no jazz, enfileira-se com
trabalhos elegíacos superiores realizados por Kenny Werner e Dave Douglas. Espero
que isto ajude a Gardony a obter o reconhecimento que merece.
Faixas:
Settling Of A Racing Mind; Surface Reflections; Looking Deeper; Working Through
(Clarity); Finding Strength; Better Place; Opened Window (Hopeful Horizon);
Tempering; Resilient Joy; Resolution (Perfect Place).
Fonte : Bill
Beuttler (JazzTimes)
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