
O virtuosismo de Lubambo
é absoluto. Seu domínio sobre o instrumento é total, sua execução impecável. Porém
o que o faz assim atraente, embora ele pudesse simplesmente aproveitar-se da
sua habilidade e exibi-la, ele decididamente não o faz. Não desprezando a
essência da melodia – compreendendo a essência da canção e usando-a como seu
ponto de ataque- é sua primeira máxima
para o trabalho, e só após estar confortável na pele
da canção é que inicia seu desenvolvimento e embelezamento. Na abertura, “Aquarela
do Brasil ” de Ary Barroso, Lubambo explora-a
corajosamente, estabelecendo sua abordagem com elaboradas filigranas com
provocações do flamenco com seus dramáticos e clássicos floreios. Enredando
suas próprias orientações com perfeito contraponto rítmicos, ele lança aspectos
teatrais no ar, aquieta tudo primorosamente e ,então, dispara
mais fogos de artifício. É uma ferramenta que ele emprega frequentemente em “Só”,
mas é a única que nunca envelhece.
Há três composições de Lubambo (e uma em parceria), a
tranquila e suave “Song for Kaya” é o
destaque e seu toque ágil em “Laura”, o standard de Raksin-Mercer , expõe a intrínseca ternura da
canção . Jobim está representado com um par, incluindo a sempre benvinda
“Insensatez”, dando um tratamento franco sem adorno em ritmo de bossa para mais
abertamente revelar a mágoa da melodia.
Faixas
1 Aquarela Do Brasil
2 Brigas Nunca Mais
3 Paquito In Bremen
4 Pedra Bonita
5 Você E Eu
6 Song for Kaya
7 Luisa
8 Coisa Mais Linda
9 Insensatez
10 Samambaia
11 By the Stream
12 Felicidade
13 Laura
Fonte :
Jeff Tamarkin (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário