Na suavemente otimista “New Dawn”, uma das seis composições
de Youn Sun Nah , inclusa em seu oitavo álbum, ela tranquilamente canta flores
esperando vicejar. Aqueles não familiarizados com a vocalista sul coreana,
particularmente com sua emergência como uma impressionante e poderosa força
musical desde que assinou contrato com o selo alemão German ACT em 2009, deve ser tentado a pensar que sua fragilidade como uma
gardênia é seu estilo. A abertura da faixa título, uma ode enevoada aos poderes
saudáveis da natureza, também suporta esta suposição, como faz a sua suave e
amadurecida “Full Circle” e a vislumbrante e angelical interpretação da balada
folclórica coreana “Arirang”.
Porém elas meramente são a ponta do iceberg de Sun Nah ou,
mais acuradamente, a base do seu vulcão. Como uma levemente mais sedimentada Björk,
ela é corajosa e imprevisivelmente audaz. Há o vocalize em “Momento Magico”,
composta pelo guitarrista Ulf Wakenius (navegando em sua terceira viagem
aventurosa com Sun Nah), uma deslumbrante, propulsiva corrida através da
melancolia e túneis entrelaçados. Há a desolação de funeral de “Soundless Bye”,
o hino acerado “Lament” e a brilhantemente reinterpretação dilacerada de “Hurt
” de Nine Inch Nails que sai das cinzas para a autodestruição apenas para outra
vez passar para o desamparo. Temos a dolorida “Empty Dream”, uma fantasia
mística que parece, com maravilhosa incongruência, despontar ao longo de animadas
alamedas parisienses. Mais encantador é seu retrabalho para “Ghost Riders in
the Sky” uma astuciosa — e memorável adaptação—transformação do velho escravo
dentro de um apocalíptico pesadelo.
Faixas:
Lento; Lament; Hurt; Empty Dream; Momento Magico; Soundless Bye; Full Circle;
Ghost Riders in the Sky; Waiting; Arirang; New Dawn.
Músicos: Youn Sun Nah: vocal; Ulf Wakenius:
guitarras; Lars Danielsson: baixo, cello; Vincent Peiriani: acordeón, accordina; Xavier Desandre-Navarre:
percussão
Fonte:
Christopher Loudon (JazzTimes)
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