
Na biografia que acompanha os CDs, Mover declara que ele se
considera “ um músico que canta, antagônico a um cantor”. Ele toca no ponto— as
faixas instrumentais superam as vocais— mas ele não é desajeitado como
vocalista. Marca o tempo considerável que ele passou com o falecido Chet Baker:
A abordagem vocal de Mover é indiscutivelmente dentro do esquema de Baker,
simples e romântico, embora mais rouquenho e menos fatigado do mundo.
Seu vocal é atraente, embora, o saxofone de Mover domine mesmo
os lados vocais. Sua entonação tem similitude com Stan Getz e Ira Sullivan
(Mover estudou com este último em sua adolescência), mas para ser claro o raio
de ação de Mover vai além de suas influências. Ele verdadeiramente exibe o que
ele é no disco 2. Faixas tais como “Muggawump” e especialmente “Sweet Basil” encontram Mover soprando acalorado e mesmo
namorando com a dissonância. Porém, na maior parte do tempo ele está em seu
elemento, enquanto adere ao bop básico, negociando espertamente figuras musicais estruturadas com o pianista
Kenny Barron, o trompetista Josh Evans e o tenorista Steve Hall. Bob Mover não
deve nunca alcançar o time dos grandes inovadores, mas há evidência em “My
Heart Tells Me” para fazer um bom revestimento
para um mais amplo,
e atrasado, reconhecimento.
Faixas:
Disc One: My Heart Tells Me; So Near and Yet So Far;I Hadn’t Anyone Till You;
Get Out of Town; Penthouse Serenade; Gone with the Wind; You’ve Changed; By
Myself; You Must Believe in Spring. Disc Two: Dee’s Dilemma; Survival of the
Sickest; Muggawump; Fair Weather; Chet’s Chum; Sweet Basil; Carmen’s Calypso.
Músicos: Bob Mover: saxofones alto, tenor, soprano
e vocal; Kenny Barron: piano; Josh Evans: trompete; Steve Hall: saxofone tenor;
Bob Cranshaw: baixo; Steve Williams, Victor Lewis: bateria
Fonte :
Jeff Tamarkin (JazzTimes)
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