playlist Music

domingo, 25 de janeiro de 2015

ROBERTO MAGRIS SEPTET – MORGAN REWIND : A TRIBUTE TO LEE MORGAN VOL. 2 (2014)

O pianista italiano Roberto Magris aprofunda-se nas músicas que o influenciaram. Ele gravou dois volumes de música escrita ou associada ao negligenciado pianista bop Elmo Hope, e, em  2011, ele lançou “Morgan Rewind: A Tribute to Lee Morgan, Vol. 1 (JMood Records)” , um exuberante tributo ao trompetista hard bop  Lee Morgan  (1938- 1972). Ele continua, agora, o tributo inicial a Morgan com  o adequadamente nominado “Morgan Rewind: A Tribute to Lee Morgan, Vol. 2”, um disco duplo que explora com perfeição, reverência e prazer  — com alguns refinamentos— o som do fantástico bopper , que se foi cedo (morreu aos trinta e três anos).

O hard bop  foi desenvolvido após o be-bop  , que foi  conduzido por Dizzy Gillespie (trompete) e Charlie Parker  (saxofone alto ). O hard bop ganhou aspectos de velocidade e “caça aos acordes” do então novo som e deu-lhe brilho agudo e agitação percussiva, personificada elegantemente pelo baterista Art Blakey  e seus  Jazz Messengers, onde o trompetista Lee Morgan afiou sua habilidades no início de sua carreira, contribuindo para um dos clássicos de Blakey, “Moaning' (Blue Note Records, 1958)”, e atuando no clássico de John Coltrane pela Blue Note Records, “ Blue Trane (1958)”.

E daí Magris e seu hepteto adicionou o hard bop  em discussão neste volume 2 do trabalho? Discos de órgão —“Search for the New Land (1964”), “Charisma (1966)” e “Tom Cat (1964”), entre muitos outros , todos pela gravadora Blue Note , suínga duro, sopra firme e mostra sua face no jazz.  A influência de Art Blakey mostra-se profunda . Magris, em sua oferenda ampla no Vol 2, adiciona o vibrafone e mais um percussionista para a mistura e dá um toque de África à música com um pouco da sua destreza, pois a pesada percussão  complementa o som.

É uma abundância de riquezas do hard bop . A banda ferve e desenvolve-se em todos os lugares. O trompetista Hermon Mehari  captura a forma aguda  de Morgan e sua espirituosa pegada; o saxofonista Jim Mair  apresenta um moderado fervilhar à la Hank Mobley , atuando com firmeza, meio inflamado, e adiciona um suave sax soprano à mistura. O pianista Magris está solto (seu som está tranquilo em seu jeito próprio) em seus movimentos livres dentro  de solos luminosos.
Este é um clássico hard bop, soprando e suingando vigoroso, empurrado para uma direção moderna, ajustado a um agradável modo vida.

Faixas: A Bid For Sid; Exotique; Blue Lace; Cunning Lee; The Sixth Sense; Soft Touch; Gary's Notebook; Speedball; Libreville; Get Yo' Self Togetha; A Summer's Kiss; Zambia; Helen's Ritual; Audio Notebook.

 Músicos: Roberto Magris: piano; Jim Mair: saxofones  tenor e soprano , flauta; Peter Schlamd: vibrafone; Elisa Pruett: baixo acústico; Brian Steever: bateria; Pablo Sanhueza: congas, percussão.

Gravadora: J-Mood Records


Fonte : DAN MCCLENAGHAN (AllAbouJazz)

Nenhum comentário: