
Em vez de aparar, o trio depura as arestas nestes Sons
de Sobrevivência. Injeta samples da Banda de Pífanos de Bendengó , da Bahia,
no xaxado Pifaiada, atravessando por
paisagens sonoras sucessivas. Como promete o título, Choro Bororo mixa prantos dos indígenas desta etnia, acionados em
MPC por Kastrup, sob comentários melódicos do piano de Taubkin. O Tambor de
Crioula de Mestre Felipe, do Maranhão, invade a ecoante Fábrica
de Sapos, a que o pianista adiciona flauta, enquanto a dupla percussiva
secciona compassos. Vozes dos pigmeus do Congo abrigam-se sob panelas e campânulas
de Simone Sou em Gota d´Água. E o
trio evidencia seu projeto de obra aberta ao intitular outra faixa,
simplesmente, Improviso, (e o que
veio depois).
Faixas
1 – Pifaiada (Gui
Kastrup e Simone Sou)
2 – Gota D’Água (Simone
Sou)
3 – Choro Bororo (Benjamim
Taubkin, Gui Kastrup e Simone Sou)
4 – Improviso (E o
que veio depois) (Benjamim Taubkin, Gui Kastrup e Simone Sou)
5 – O Tocador (Simone
Sou e Oleg Fateev)
6 – Mozambik Bembe
(Gui Kastrup e Simone Sou)
7 – Fábrica de
Sapos (Gui Kastrup e Simone Sou)
Fonte : Tárik de Souza (CartaCapital)
Nenhum comentário:
Postar um comentário