Com seu subestimado ( e inesperado) álbum “Somatic” realizado
com seu trio acústico, apresentando o pianista austríaco Elias Stemeseder e o baixista Thomas Morgan, o
baterista-compositor Jim Black revela um novo lado do seu talento. Enxuto e
amplo, mas com ataques afiados, a música
estava mais próxima das ruminações angulosas do Bad Plus e do trio de Vijay
Iyer , do que das efusões sônicas do antigo quarteto de Black, AlasNoAxis. Com
“Antiheroes”, talvez o trabalho com entonação mais baixa da banda, Black
solidifica sua posição como um das vozes mais distintamente lírica no cenário
atual.
Este notável desenvolvimento para um artista, cuja reputação
inicial derivou de seu poder percussivo solto de amarras a serviço de líderes
como Tim Berne, Dave Douglas e Ellery Eskelin, e o som de rock que Black adotou
com AlasNoAxis. “Antiheroes” não está sem momentos atmosfericamente carregados .
Alusões a King Crimson tantalicamente escapa em canções sombrias na pulsante
“Marguay”. Porém, as influências do rock não são expostas com precisão aqui, mas
,frequentemente, como canções reflexivas tais como “Antihero” e “Sun San”, que
são introduzidas apresentando melodias delicadas
e encantadas por Black e companhia.
No sexto álbum em parceria, Black, o saxofonista tenor e
clarinetista Chris Speed, o guitarrista Hilmar Jensson e o baixista Skúli
Sverrisson forjam um som unificado e sem emendas. Às vezes, o toque estruturado
de Jensson sugere um Bill Frisell mais melancólico e pesado, enquanto as
ondulações eletrônicas refletem o toque padrão de Black. Sverrisson é um dos
poucos baixistas que combinam efeitos rítmicos e atmosféricos com igual desembaraço. Mais que uma coleção de faixas, “Antiheroes”
chega como um trabalho singular, reflexivo e poderosamente frugal.
Faixas
1
Antihero
2 Super
K’s
3 Much
Better Now
4 Tockle
5 Sun
San
6
Marguay
7
Meowchless
8 Square
Pegs
Fonte :
Lloyd Sachs (JazzTimes)
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