
As melodias compostas
sucedem-se mais frequentemente que as improvisações. “Year of the Rabbit” inicia
com ostinato em 5/4 do baixista Joe Martin (intenso nas paradas duplas) e o
baterista Marcus Gilmore, evocando mistério que já é poderoso antes de Turner e
do trompetista Avishai Cohen o salientarem com suas harmonias no tema principal.
Dissipa-se com o 4/4 do tema secundário, entretanto, e pelos solos de Cohen e
Turner a música vem a ser enfadonha e vazia. Há uma canção melhor ,“Ethan’s
Line”, mas a faixa vem a ser menos interessante quanto as improvisações de Turner são levadas
daquele território para uma métrica
livre e solta. A tensão encontra-se no conhecimento de Turner sobre
harmonia –intelectual antes que busca
visceral.
Uma das seis faixas do álbum surge conectada completamente:
“Sonnet for Stevie” um número longo, lento e sombrio, cuja frieza conduz este tempo e adiciona drama ao
caso. Os ritmos são firmes quanto às harmonias, e mesmo quando o solo de Cohen
flutua um pouco , o faz em feitio atrativo. Enfim, é seguido pelo encerramento,
“Brother Sister”, a música mais laboriosa do álbum (em execução e audição). Seu
desinteresse emocional faz parecer não relaxada, mas inerte, e um final falso que inspira só
exasperação. Isto apenas
ilustra todos os problemas de “Lathe”.
Faixas:
Lathe of Heaven; Year of the Rabbit; Ethan's Line; The Edenist; Sonnet For
Stevie; Brother Sister.
Músicos:
Mark Turner: saxofone tenor ; Avishai
Cohen: trompete; Joe Martin: baixo; Marcus Gilmore: bateria.
Fonte :
Michael J. West (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário