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segunda-feira, 6 de abril de 2015

CHICK COREA – PORTRAITS (Stretch/Concord)

Jelly Roll Morton tem seu “Finger Breaker” e assim o mesmo espírito pianístico dos dois discos de  Chick Corea poderiam ser bem ser subintitulados “Genre Buster”. Recitais de solo de piano são tão próximos do jazz quanto da música clássica, mas Corea tem inteiramente nova inclinação nestes procedimentos menos comuns: trata uma série de trabalhos como atuação informal no saguão do teatro, toca alguns segmentos, oferece alguns tributos, partilha algumas anedotas, lança um número de impressões musicais, movimentos graciosos sem emoção e congrega duas horas educativas e narrativas em História, que fazem a arte de qualidade sentir-se diretamente aconchegante.   

Bill Evans, Thelonious Monk, Bud Powell e Stevie Wonder estão entre os homenageados de Corea, se você desejar, porém, mais adequadamente ele vai além de mera homenagem, encontra novas liberdades – de espírito— no trabalho de cada um , que é, claro, a proposta inicial daquele trabalho precursor . A contribuição de Monk encontra Corea provocando o humor perspicaz de Monk, favorecido mesmo naquilo que nós devemos considerar  como seus exemplos da noite , e há também algo encantadoramente curatorial em ação, a noção que na  infusão de novas cores nestas vestimentas sônicas , um mestre está revitalizando outros mestres como , esperançosamente, outros fariam.

Há uma vibração tipo Quadros em Exibição, com Corea guiando os clientes, mas quem conheceu o grã-fino sacia que havia muito de Bob Newhart nele? Ele está divertido, e aquilo que está disponível no lar do ouvinte aparece como música mais acadêmica no segundo disco— retratos de Bartók e Scriabin—antes de chega à nona canção inédita para crianças e uma série de “Portraits”: peças improvisadas baseadas em conversações com membros de sua audiência. Aquela  aventura clássica encaixa muito bem com o material que é reputado para a gramática de escola infantil  e providencia um ponto ilustrado: uma capacidade para querer saber serve igualmente bem para um mestre clássico, um pré-adolescente, um ouvinte de meia idade ou a um grande estilo de jazz cujo trabalho não para em função de parâmetros.

     Faixas

1 Chick Talks: About Solo Piano 1:36
2 Improv #1/How Deep Is The Ocean? 8:29
3 Chick Talks: About Bill Evans 0:54
4 Waltz for Debby 8:20
5 Chick Talks: About Stevie Wonder 0:59
6 Pastime Paradise 4:52
7 Chick Talks: About Thelonious Monk 1:37
8 ’Round Midnight 8:00
9 Pannonica 3:56
10 Blue Monk 3:55
11 Chick Talks: About Bud Powell 1:04
12 Dusk In Sandi 4:04
13 Oblivion 3:43
14 Chick Talks: About Paco de Lucía 1:07
15 The Yellow Nimbus 9:27
16 Chick Talks: About Scriabin 0:55
17 Prelude #2 (Op. 11) 5:22
18 Prelude #4 (Op. 11) 4:44
19 Chick Talks: About Bartok 0:42
20 Bagatelle #1 0:47
21 Bagatelle #2 3:37
22 Bagatelle #3 0:59
23 Bagatelle #4 5:08
24 Chick Talks: About the Children’s Songs 1:04
25 Children’s Song #1 1:43
26 Children’s Song #2 0:47
27 Children’s Song #3 1:12
28 Children’s Song #4 2:35
29 Children’s Song #5 1:11
30 Children’s Song #9 1:22
31 Children’s Song #10 4:18
32 Children’s Song #11 2:28
33 Children’s Song #12 6:21
34 Chick Talks: About Portraits 1:21
35 Portrait #1 – Krakow 2:25
36 Portrait #2 – Krakow 1:37
37 Portrait #1 – Casablanca 2:04
38 Portrait #2 – Casablanca 1:30
39 Portrait #1 – Easton, Maryland 2:15
40 Portrait #2 – Easton, Maryland 2:13
41 Portrait #3 – Easton, Maryland 2:36
42 Portrait #4 – Easton, Maryland 3:27
43 Portrait #1 – Vilnius 2:38
44 Portrait #2 – Vilnius

Fonte : Colin Fleming (JazzTimes)


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