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quinta-feira, 7 de maio de 2015

AVISHAI COHEN´S TRIVENI – DARK NIGHTS (Anzic)

Para o terceiro álbum do Triveni, o trompetista Avishai Cohen afasta-se do padrão para adicionar sobreposições eletrônicas e /ou artistas convidados em quatro das dez faixas. Ele também promove espontaneidade concentrada no material apresentado pelos seus companheiros  Omer Avital (baixo) e Nasheet Waits (bateria) com nenhuma excursão anterior , nem ensaios e duas tomadas limites para ocasionar o fim de uma faixa.

Cada abertura de jogo foi bem sucedida. Pela restrição dos efeitos eletrônicos em seu trompete privilegiando seus solos em suas composições (e misturando-os sem ouvir a primeira audição da canção), Cohen torna atraentes suas concepções com um toque roqueiro sem, por outro lado,  transgredir a identidade da banda. O mesmo ocorre para as estrelas convidadas, um é a virtuosa do clarinet e sua irmã (Anat Cohen) é o outro é um pianista sensível (Gerald Clayton) com  um toque comovente feito sobre medida para o filho de Cohen (“Old Soul”). Um terceiro, Keren Ann, soa angelical cantando um singelo clássico do cool-jazz (“I Fall in Love Too Easily”). Demandando imediata familiarização com a seção rítmica , há , também, a obtenção de sucesso, conforme  Avital e Waits atuam sem restrição , especialmente nas seis composições inéditas de Cohen , que  intensifica a ambiência de “Dark Nights” em tempos mais lentos e matizes sombreados.

Envolver estes (surdinados) sinos e silvos é a técnica afiada, perfeito conhecimento e sincero amor pela tradição que , sempre, tem sido a virtude central do Triveni. O balanço firme de “Goodbye Pork Pie Hat” de Mingus e as impressões  de indolência esboçadas por  “Lush Life”  de Strayhorn representam dois vastos tipos diferentes melancolia e o trio está destemidamente fiel a ambos. Eles são igualmente leais ao presente elegante de Frank Foster à banda de Count Basie, “Shiny Stockings”, executada com primoroso suingue. Por último, a profunda afeição de Cohen e afinidade com a música de Ornette Coleman continua com seu inteligente tributo, “The OC”, que captura a maliciosa energia  e ritmos tempestuosos associados com o solene  harmonia, direto ao trabalho em fogo brando de Waits à la Billy Higgins.

Faixas: Dark Nights, Darker Days; You in All Directions; Betray; Pablo; Goodbye Pork Pie Hat; The OC; Shiny Stockings; Lush Life; Old Soul; I Fall in Love Too Easily.

Músicos: Avishai Cohen: trompete; Omer Avital: baixo; Nasheet Waits: bateria; Anat Cohen: clarinete (3, 9); Gerald Clayton: piano (9, 10); Keren Ann: vocal (10).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte : Britt Robson (JazzTimes)

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