Instrumentistas monstruosos gostam de
se cercar de companheiros monstruosos. Porém, quem poderia possivelmente
sustentar o rápido uso dos dedos de Bruce Barth? . Em seu 13° álbum como líder,
o pianista fascina com velocidade sobrehumana em faixas como “Vámonos”, mas o vibrafonista
Steve Nelson e o resto do quinteto são capazes de trazer o equivalente calor. Os
rápidos fogos de artificio são certamente impressivos, mas o tempo da marcação muda em “Vámonos” e o
programa , em 62 minutos, ilustram que Barth é um mestre em qualquer tempo. O álbum
contém sete composições inéditas, bem como três reinterpretações, incluindo uma
atrativa, em 7/4, versão de “Triste” de Antônio Carlos Jobim, que exibe um elegante
solo de baixo de Vincente Archer. A canção inédita, lenta e pungente , “Moon
Shadows” , tem um sentimento sonhador que é incrementado pelo fantástico
trabalho do trompete de Terell Stafford‚ que utiliza a surdina . O versátil
baterista Montez Coleman usa habilmente um sentimento brasileiro para a bem
intitulada “Brasilia” e, então, suínga firme em “Then Three”. O programa encerra com uma
performance em duo , na qual Stafford e Barth aventuram-se em um terreno sagrado , interpretando “So
Tender” de Keith Jarrett, mas a dupla
sai vitoriosa , graças à conversação memorável e graciosa. “Daybreak” é um
magnífico cartão profissional para o pianista e compositor que está no topo do
seu jogo.
Músicos:
Bruce Barth (piano); Vincente Archer (baixo);Terell Stafford (trumpet,
flugelhorn); Steve Nelson (vibrafone); Montez Coleman (bateria).
Faixas
1 Triste 6:32
2 Tuesday's Blues 6:21
3 Vamonos 8:28
4 Moon Shadows 5:04
5 Daybreak 4:47
6 Brasilia 6:51
7 Then Three 6:36
8 Somehow It's True 6:24
9 In The Still Of The Night 5:25
10 So Tender 5:13
Fonte :
DAVIS INMAN (DownBeat)
Nenhum comentário:
Postar um comentário