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sexta-feira, 15 de maio de 2015

DAVE LIEBMAN BIG BAND - A TRIBUTE TO WAYNE SHORTER (MAMA Records)

A reputação do compositor Wayne Shorter é um estoque desenvolvido provavelmente para continuar a elevar-se por décadas. Porém, diferente de Duke Ellington ou mesmo de Charles Mingus, Shorter tem composto pouco para grandes orquestras. Até agora, suas melodias flexíveis , sofisticação harmônica e habilidade para temas e títulos evocativos fazem seu trabalho encantar arranjadores para big-band.

 Para este tributo a Shorter , Mats Holmquist, arranjador para a Dave Liebman Big Band, debruça-se sobre sete peças escritas para pequenos grupos pelo mestre durante o meado dos anos 1960. A sessão inicia com um par de notáveis músicas de “Speak No Evil”, originalmente gravado em 1964. Para a impecavelmente balada intitulada “Infant Eyes”,  Holmquist mergulhou os instrumentos de sopro em um redemoinho delicado de admiração e inocência, um tratamento rico e pungente. Isto seguido pelo pomposo passeio na faixa título “Speak No Evil”, com sua sedutora e ressonante melodia que a banda, compreensivelmente,  traz de volta para um frequente gracejo.

Outra interpretação de uma balada levará você a estender-se para uma repetição é “Nefertiti”. Aqui as seções de metais são conduzidas e misturadas em um novelo oblíquo para criar um leve e etéreo eco que captura  o perturbador sentimento quase  freebop do original. Não até a faixa final, “Black Nile” de “Night Dreamer” de 1964, o grupo reduz a liberdade com assombro, contrapontos e fanfarras que são as matérias-primas  das big-bands. Holmquist fez um trabalho admirável.

Porém, eles não chamaram a Dave Liebman Big Band à-toa. Liebman executa a maioria dos solos da banda manejando o saxofone soprano — improvavelmente o mais potente ou cooperativo  instrumento para liderar uma ampla agregação. Porém , Lieb impulsiona-o. Ele mantém o verdadeiro espírito sofisticado do bop das composições, resistindo ao estilo do clarinete da Era do Suíngue e à abordagem mais gnômica do soprano de Shorter. Exceto pela interação entre o trombonista Tim Sessions e o  guitarrista Vic Juris em “Yes or No” e um brilhante solo do flugelhorn alto de  Scott Reeves em “Iris”, Liebman apropria-se de todas a memoráveis improvisações. Eles providenciam crucial lastro para os arranjos de Holmquist e ajudam a reafirmar o gênio de Shorter.

Faixas: Infant Eyes; Speak No Evil; Yes or No; Nefertiti; El Gaucho; Iris; Black Nile.

Músicos: Dave Liebman: líder, sax soprano, flauta de madeira; Mats Holmquist: arranjador; Gunnar Mossblad: diretor musical, sax alto, sax soprano , flauta; Bob Millikan: trompete, flugelhorn; Brian Pareschi: trompete, flugelhorn; Dave Ballou: trompete, flugelhorn; Danny Cahn: trompete, flugelhorn; Patrick Dorian: trompete, flugelhorn; Tom Christensen: sax  alto, flauta; Dave Riekenberg: sax tenor, flauta, clarinete; Tim Ries: sax tenor, clarinete; Chris Karlic: sax barítono, clarinete; Tim Sessions: trombone; Scott Reeves: trombone, flugelhorn alto; Jason Jackson: trombone; Jeff Nelson: trombone baixo; Jim Ridl: piano; Vic Juris: guitarra; Tony Marino: baixo; Marko Marcinko: bateria.

Fonte : Britt Robson (JazzTimes)


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