
E quão caloroso é este abraço. Os arranjos orquestrais,
gravados no Abbey Road com a London Symphonic Orchestra e atuando em
sete faixas são tão densos e magníficos quanto a Amazônia. As faixas remanescentes
, ainda que dramaticamente menos verdejantes, são absolutamente luxuriantes.
Elias inicia, apropriadamente, com o marco de Barroso, “Brasil”,
transformando o tipicamente tumultuoso, rico em metais, em um exercício de tranquila satisfação. Unida ao Take 6 para meandros bilíngues através
de uma contagiante “Águas de Março” de
Jobim, Elias também faz belo dueto com Menescal nas composições dele intensamente romântica
“Você” e na deslumbrante “Rio”. Impressivamente, as composições de Elias provam
igualmente atratividade, particularmente duas em dueto com Mark Kibble do Take
6: a intensamente passional “Incendiando”
e a divertidamente estimulante “Driving Ambition”, que dobra com astúcia um aceno a Lennon/McCartney.
Faixas: Brasil (Aquarela do Brasil); Você; Águas de Marco
(Waters of March); Searching; Some Enchanted Evening; Incendiando; Vida (If Not
For You)l Este Seu Olhar/Promessas; Driving Ambition; Rio; A Sorte do Amor (The
Luck of Love); No Tabuleiro da Baiana
Músicos: Eliane
Elias: vocal, piano, teclados; Take 6: vocal (3); Mark Kibble: vocal (3, 6, 9);
Amanda Brecker: vocals (4); Ed Motta: vocal (7); Roberto Menescal: vocal (2),
guitarra (2, 10); Marcus Teixeira: guitarra (1, 3, 6, 7, 9, 12); Marcelo
Mariano: baixo elétrico (1, 3, 6, 7, 9, 12); Marc Johnson: baixo acústico (2,
4, 5, 8, 10, 11); Edu Riberio: bateria (1, 3, 6, 7, 9, 12); Rafael Barata: bateria
(2, 4, 5, 10); Mauro Refosco: percussão (1, 3, 5, 7, 9); Marivaldo dos Santos:
percussão (5, 9); Rob Mathes: arranjo orquestral.
Fonte :
Christopher Loudon (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário