É difícil imaginar um melhor agente inebriante que o absinto
para descrever o destemido vocal abstracionista de Fay Victor. O espírito com
sabor de anis ganhou força em Paris no início do século 20, entre artistas iconoclásticos
— Wilde, Toulouse-Lautrec, Satie—que são seus congêneres espirituais. Absinto
continua a oferecer perigosa fascinação, um atributo que Victor aplicaria
segura e alegremente em seu trabalho desvairado.
Como tem sido frequentemente observado, Victor começa a
explorar onde Betty Carter parou. Seu terceiro trabalho com seu Ensemble, agora reduzido de um quarteto
para um trio, é seu mais ousado projeto.
Victor construiu todas as peças do álbum com seu marido e produtor, Jochem van
Dijk, deixando considerável espaço para ligações improvisacionais com o guitarrista
Anders Nilsson e o baixista Ken Filiano. Quer esquadrinhando os detritos do seu
enorme tesouro (“Big Bag”), examinando “Gunk”, que deve ser iluminado para
possibilitar saúde e clareza , grasnando
através da monotonia de um engarrafamento urbano (“Robot Clown”), interpretando
na moderna tecnologia de um drone mecanizado (“Talk Talk”) ou abrindo a porta
para o céu (“Seashore”), Victor e companhia permanecem estimulantes e
astuciosamente brilhantes.
Faixas
1. Big
Bag 8:23
2.
Crystal 5:30
3. I'm
On a Mission / Paper Cup 15:03
4. Gunk
8:43
5. Robot
Clown 6:40
7. Talk
Talk 1:12
8. The
Sign At the Door 17:08
9.
Shaded in Grey 3:19
Fonte : Christopher
Loudon (JazzTimes)
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