Desde a sua estreia como líder em 2007 com “ The Timeless
Now”, o saxofonista Dayna Stephens tem se circundado de excepcionais músicos e seu bom gosto continua em “Peace”, seu
quinto álbum. Juntos a Stephens estão o pianista Brad Mehldau, o guitarrista
Julian Lage, o baixista Larry Grenadier e o baterista Eric Harland. Há algo diferente, entretanto. Considerando que Stephens, frequentemente, busca ritmos intricados, angulosos toques postbop
em seus lançamentos anteriores , “Peace”, como o titulo sugere é uma sessão
mais introspectiva. Consistindo
inteiramente em baladas conhecidas, o novo disco está onde Stephens busca seu repouso.
Ele arregimentou o
grupo ideal para a tarefa. Mehldau e Lage são hábeis baladeiros e graciosos
acompanhantes igualmente capazes de comandar
seus tempos com o solista. A faixa título composta por Horace Silver estabelece
o tom: Lânguido, mas entusiasmado, lança-se
com o sopro expressivo de Stephens , Mehldau preenchendo os espaços
cuidadosamente e Harland escovando moderadamente. Permanece deste jeito por um
par de minutos até Mehldau encontrar uma abertura; Stephens, ninguém para
estragar o humor, toma a dica e mantém a quietude. “Body and Soul”, similarmente, reveza
no espaço para criar profundidade emocional; quando os outros deixam Grenadier e
Harland para si mesmos, o baixista por um momento parece tentado a levantar alguma poeira, mas Harland
o mantém sob controle.
Enquanto Lage não assume o papel principal tão
frequentemente quanto Mehldau ou o líder, o guitarrista faz o máximo em seus
momentos. “Zingaro” de Jobim e na
seguinte ,“The Good Life”, as harmonias de Lage brilham e seu solo em “Oblivion” de Astor Piazzolla é um exemplo de perfeição e
concisão.
Tão louvável quanto seu time de instrumentistas é, no final
das contas Stephens o mantém junto. Fazendo amplo uso do barítono em várias faixas , ele encontra o lugar onde
serenidade, , estado elevado da alma e sinceridade coexistem pacificamente ,
obtendo continuamente o modo para
expansão de nossa noção do que ele faz e do que ele é.
Faixas: Peace; I Left My Heart in San Francisco; Zingaro; The Good Life;
The Duke; Brother (From the Mission); Deborah's Theme (From Once Upon a Time in
America); Oblivion; Body & Soul; Two For the Road; Moonglow.
Fonte: Jeff
Tamarkin (JazzTimes)
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