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sexta-feira, 26 de junho de 2015

DAYNA STEPHENS – PEACE (Sunnyside)

Desde a sua estreia como líder em 2007 com “ The Timeless Now”, o saxofonista Dayna Stephens tem se circundado de excepcionais músicos  e seu bom gosto continua em “Peace”, seu quinto álbum. Juntos a Stephens estão o pianista Brad Mehldau, o guitarrista Julian Lage, o baixista Larry Grenadier e o baterista  Eric Harland. Há algo diferente,  entretanto. Considerando que Stephens,  frequentemente,  busca ritmos intricados,  angulosos toques  postbop em seus lançamentos anteriores , “Peace”, como o titulo sugere é uma sessão mais  introspectiva. Consistindo inteiramente em baladas conhecidas, o novo disco  está onde Stephens busca seu repouso.

 Ele arregimentou o grupo ideal para a tarefa. Mehldau e Lage são hábeis baladeiros e graciosos acompanhantes igualmente capazes de  comandar seus tempos com o solista. A faixa título composta por Horace Silver estabelece o tom: Lânguido,  mas entusiasmado, lança-se com o sopro expressivo de Stephens , Mehldau preenchendo os espaços cuidadosamente e Harland escovando moderadamente. Permanece deste jeito por um par de minutos até Mehldau encontrar uma abertura; Stephens, ninguém para estragar o humor, toma a dica  e mantém  a quietude. “Body and Soul”, similarmente, reveza no espaço para criar profundidade emocional; quando os outros deixam Grenadier e Harland para si mesmos, o baixista por um momento parece  tentado a levantar alguma poeira, mas Harland o mantém sob controle.

Enquanto Lage não assume o papel principal tão frequentemente quanto Mehldau ou o líder, o guitarrista faz o máximo em seus momentos. “Zingaro”  de Jobim e na seguinte ,“The Good Life”, as harmonias de Lage brilham  e seu solo em  “Oblivion”  de Astor Piazzolla é um exemplo de perfeição e concisão.

Tão louvável quanto seu time de instrumentistas é, no final das contas Stephens o mantém junto. Fazendo amplo uso do barítono  em várias faixas , ele encontra o lugar onde serenidade, , estado elevado da alma e sinceridade coexistem pacificamente , obtendo  continuamente o modo para expansão de nossa noção do que ele faz e do que ele é.

Faixas: Peace; I Left My Heart in San Francisco; Zingaro; The Good Life; The Duke; Brother (From the Mission); Deborah's Theme (From Once Upon a Time in America); Oblivion; Body & Soul; Two For the Road; Moonglow.


Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)

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