
O guitarrista Fareed Haque utiliza o
termo “guitarrismos” para se referir às técnicas que, plenamente, utilizam os
sons que são únicos para o instrumento. Esse termo, certamente, aplica-se ao último
álbum de Diego Barber‚ um artista plenamente comprometido em descobrir as
possibilidades do violão. Seu terceiro álbum para a
Sunnyside ‚ “Tales”‚ é um projeto com o pianista Craig Taborn‚ promovendo
a abordagem de Barber de combinação de música clássica com improvisações de jazz.
Taborn prova ser um grande parceiro por causa das suas próprias influências
clássicas, mas este programa está longe de ser um simples recital. O álbum tem três
extensas composições de Barber‚ junto com “IM Park (To Diego Barber)”, escrita
pelo seu mentor, o guitarrista Ricardo Gallén. Os 27 minutos de “Killian’s
Mountains” é uma suíte que mistura solo e segmentos em duo‚ incluindo um final
excitante em que os toques geram centelhas
reminiscentes de uma peça propulsiva de Philip Glass. Trabalhando como um hábil
contador de estórias curtas, Barber injeta
em “Eternal 7” um hipnótico senso
de tensão além de liberação, conflito e
resolução. Os 13 minutos de “Cipres” suporta a combinação insistente e
percussivo de frases musicais repetidas Barber com o trabalho melodioso e
linear da mão direita de Taborn. Porém, a altura do meio do caminho, o pianista
desatrela uma torrente frenética cujo sabor
avant-garde
é eriçada pela réplica improvisada de Barber
antes do guitarrista controlar, finalmente, a fúria. Esta imprevisível conversação musical evoca um aclamada altercação que é
seguida por respeitosa camaradagem. Fãs do álbum de piano solo de em 2011, “Avenging Angel (ECM)”‚ encontrarão
mais do que gostar aqui, não só por causa da perspicaz navegação dos músicos em
trabalhos solo e em duo‚ mas também pela maneira que cada artista impulsiona o
outro para o território que não deve ser alcançado por cada um .
Faixas
1. Killian’s Mountains 27:36
2. Cipres 12:54
3. Eternal 7 11:22
4. Im Park (To Diego Barber) 14:19
Fonte : BOBBY REED (DownBeat)
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