É curioso que o 11° álbum de Bill O’Connell como líder seja intitulado após a posterior interpretação do
reverenciado hino de John Lennon, porque é típico da maioria do seu trabalho. O
repertório de O’Connell é bop temperado no ritmo afrocubano e poucos traços de
tal superfície flutuam elegantemente durante
canção. Porém, o que o pianista e seu sexteto fazem com “Imagine” é mais
precioso do que lhe cobrir com fidelidade. A meio caminho de, aproximadamente,
nove minutos de reflexão, seguindo o saxofonista Steve Slagle e o sutil trombonista
Conrad Herwig, repetindo a reafirmação do tema, O’Connell leva-o longe em seu
impecável fraseado solo deixando Lennon para trás. A tempo Slagle retorna para
envolvê-lo na reimaginação de “Imagine”,
que está irreconhecível, vindo a ser algo próprio deste sexteto e o ponto de
destaque do trabalho.
As composições de O’Connell
são manejadas com espírito similar e inventividade. A balada “Missing Mr. Berrios”, um tributo
saudoso ao falecido baterista e percussionista Steve Berrios, outra vez,
permite aos instrumentistas de sopro providenciar a modelagem , O’Connell só
desviando da configuração de um simples acorde , que está sendo providenciado
para a fundação , brevemente o bastante para nos deixar reconhecê-lo lá. Os
números agitados, “Stepping Stones” e especialmente o encerramento, “Whitecaps”
, permitem à vigorosa seção rítmica
formada pelo baixista Luques Curtis, pelo baterista Richie Barshay e pelo percussionista Richie
Flores (os dois últimos retornando do trabalho anterior de O’Connell) ampla
oportunidade para conduzir. A última canção está mais próximo daquilo que
esperamos de Bill O’Connell, porém pela experiência que temos, ele torna claro
aquilo que talvez nós deveríamos, realmente, esperar dele : só o inesperado.
Faixas
1 Optimism
2 Stepping
Stones
3 Imagine
4 Shaman's
Dance
5 Missing
Mr. Berrios
6 Jigsaw
7 25
Years
8 Willow
Weep For Me
9 Whitecaps
Fonte :
Jeff Tamarkin (JazzTimes)
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