
Marriott normalmente
toca com os melhores músicos de Seattle, mas aqui ele utiliza uma seção rítmica
de qualidade oriunda da Costa Leste: Orrin Evans, Eric Revis e Donald Edwards. A
atuação neste álbum é de alta classe e impetuosa. Do ornato bravio da abertura
de “Apophis” (para um deus egípcio do caos), Marriott é pura velocidade
intrépida e beligerância aguda. É divertido voar com ele em torno da mudanças de “Mo-Joe” (para Joe
Locke). Evans é pianista dissonante no acompanhamento, que entorta e apresenta
solos desafiantes.
Apesar de toda potência de fogo deste quarteto, “Urban
Folklore” é sobre o compositor Marriott. Suas composições são como seu toque,
firme, claro e inteligente. Nas suas notas para o disco ele expõe a premissa
atrás de cada canção. Mais álbuns deveriam ofertar estes critérios. Sim, música
deve ser capaz de sustentar-se sozinha. Porém,
não causa nenhum dano saber que “Room 547” foi a sala de parto onde nasceu a
filha de Marriott (suas duas notas de fanfarra são prazerosamente benvindas ) ou
que “What Emptiness Can Do” (uma mancha de melodia, indolente ) é sobre o
fundamento da batida do rock e a escolha para onde se vai a partir de lá.
A última faixa, “Washington Generals”, inicia em sintonia
como um hino bop , mas inclui interlúdios líricos do trompete, bordões do piano
e drama da bateria. É um adorável tributo ao time de basquetebol que perde cada
noite para o Harlem Globetrotters. “Tão
liberado como deve ser”, diz Marriott. Ele é um instrumentista e compositor
que atua abaixo do óbvio.
Faixas:
Apophis; The Tale Of Debauchery; Room 547; Mo-Joe; What Emptiness Can Do;
Locked Up (Theme from "The Shot Caller); Living On The Minimum; I’m Vibing
You; Washington Generals.
Músicos: Thomas Marriott: trompete; Orrin
Evans: piano; Eric Revis: baixo; Donald Edwards: bateria.
Fonte : Thomas Conrad (JazzTimes)
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