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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

AARON GOLDBERG – THE NOW (Sunnyside)

“The Now”  marca o quinto, concisamente, intitulado disco em 16 anos do trio do pianista Aaron Goldberg com o baterista Eric Harland e o baixista Reuben Rogers. Um paralelo óbvio para esta persistente dedicação à arte e destreza do Brad Mehldau Trio, liderado por outro pianista que sofre fácil comparação com Bill Evans e Keith Jarrett. Porém, Goldberg e sua seção rítmica (que também acompanha Charles Lloyd) tem firmemente refinado uma mistura de elementos que é, imediatamente, característica e familiar: as cuidadosas inéditas de Goldberg são usualmente postbop ou baladesco; levemente distorcidas reinterpretações de canções de jazz do meado do século  20 e alguns excelentes músicas de jazz latino, pop ou folk. A ocasional estrela convidada é adicionada para condimento.

A profundidade e a alma de “The Now” provem da expressão de saudade de Goldberg da música brasileira. Está na provocante abertura com acompanhamento improvisado e gorjeios impecavelmente  entoados de “Trocando Em Miúdos” , uma canção  pop de 1978 sobre a divisão material de um divórcio. A versão envolta em intensidade e contenção do lamento de  Djavan, de 1980, “Triste Baia Da Guanabara” e a maneira como Goldberg mantem as notas na maravilhosa valsa do final dos anos 80 , composta por Toninho Horta, “Francisca”.

Goldberg adiciona sua análoga valsa, “The Wind in the Night”, uma canção de amor que Rogers reciprocamente  providencia a escora para ele e o  bálsamo para  agilizar seu fraseado. Harland é igualmente crucial para “The Now”. Goldberg especificamente o festeja em  “E-Land”, deixando superior posição real sônica para o preenchimento do baterista e então lança algumas frases musicais repetidas para o contraponto do baterista. Porém,  Harland está atualmente mais impressivo, serpenteando suas batidas firmes no tambor nos calcanhares das linhas sinuosas de Goldberg durante “Background Music”  de Warne Marsh e, por outro lado, sombreando o ritmo com uma delicadeza que é um componente inesperado de sua completa habilidade.

A única música que não está adequada é aquela que encerra o trabalho,  “One Life”, uma composição emocional em homenagem aos filhos dos amigos de Goldberg, que faleceram. É a mais longa canção e a única que não é em formato de trio com o convidado Kurt Rosenwinkel dominando na guitarra. A mudança é abrupta e carrega bastante peso. Tratada com carinho, não está dentro do contexto de “The Now”.

          Faixas

1. Trocando Em Miúdos 06:47
2. Yoyo 05:02
3. The Wind In The Night 05:02
4. E-Land 02:47
5. Perhaps 05:17
6. Triste Baía Da Guanabara 04:55
7. Background Music 02:48
8. Francisca 06:22
9. One's a Crowd 06:16
10. One Life 08:00


Fonte : Britt Robson (JazzTimes)

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