Algumas das melhores gravações de Chris Potter são com o
grupo que ele denomina de Underground, com Craig Taborn no Fender
Rhodes, Adam Rogers na guitarra e Nate Smith na bateria. Seu novo álbum apresenta
uma versão expandida do quarteto Underground.
Adiciona Steve Nelson (vibrafone e marimba), Scott Colley (baixo), Fima Ephron
(guitarra baixo) e um quarteto de cordas com Mark Feldman, Joyce Hammann, Lois Martin e
David Eggar. “Imaginary Cities” é uma
ruptura de linhas para Potter como compositor, arranjador e conceitualista.
A peça título, uma
suíte em quatro movimentos, retrata “as ideias utópicas não específicas de
Potter” sobre como a moderna vida urbana deve ser. Sua riqueza e profundidade
são estonteantes. Ele maneja 11 vozes (sete das quais são instrumentos de
cordas) dentro de complexas estruturas e espírito contemplativo (“Compassion”),
ou lança-os em furioso movimento (“Dualities”). O som agudo do seu sax soprano
apresenta a crise em “Disintegration”, mas os violinos melancolicamente fazem a
estória mais pungente que turbulenta. Temas envolvem e ocorrem periodicamente
através de 36 minutos como pensamentos frequentes.
A suíte é completamente estrutural. Uma frase principal na quarta nota, como
uma chamada de esperança é introduzida no primeiro movimento pelos violinos e
pelo sax tenor de Potter. Após fluir através de muitas formas corolárias,
retorna forçosamente no final do quarto movimento e completa o arco.
A suíte, também, providencia uma inspiração sem precedente
para o solista Potter. Ele nunca tocou em gravação com mais foco e vigor. Em
“Compassion”, sua progressão de notada clareza de estilo para bravia catarse é arrebatadora. Rogers e Nelson, em seus solos infrequentes,
mas vívidos, estende o domínio emocional do trabalho de Potter.
A outra metade do disco apresenta quatro fortes composições
inéditas. “Shadow Self” soa como um quarteto de cordas de Bartók soldado a um
hepteto de jazz. “Lament” e “Sky” são extensos testemunhos que começam como
baladas e se intensificam, irradiando o
arrojado Potter. O melhor momento de Taborn vem com “Sky”. Ele escassamente a
toca, reduzindo- a em quase uma parada, quando alça voa para o céu.
Faixas:
Lament; Imaginary Cities Pt. 1 Compassion; Imaginary Cities Pt. 2 Dualities;
Imaginary Cities Pt. 3 Disintegration; Imaginary Cities Pt. 4 Rebuilding;
Firefly; Shadow Self; Sky.
Músicos:
Chris Potter: saxofones tenor e soprano , clarinete baixo; Adam Rogers: guitarra;
Craig Taborn: piano; Steve Nelson: vibrafone e marimba; Fima Ephron: guitarra
baixo; Scott Colley: baixo acústico; Nate Smith: bateria; Mark Feldman: violino;
Joyce Hammann: violino; Lois Martin: viola; David Eggar: cello.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte :
Thomas Conrad (JazzTimes)
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