playlist Music

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

CHRIS POTTER UNDERGROUND ORCHESTRA – IMAGINARY CITIES (ECM Records)

Algumas das melhores gravações de Chris Potter são com o grupo que ele denomina de  Underground, com Craig Taborn no Fender Rhodes, Adam Rogers na guitarra e Nate Smith na bateria. Seu novo álbum apresenta uma versão expandida do quarteto Underground. Adiciona Steve Nelson (vibrafone e marimba), Scott Colley (baixo), Fima Ephron (guitarra baixo) e um quarteto de cordas  com Mark Feldman, Joyce Hammann, Lois Martin e David Eggar. “Imaginary Cities”  é uma ruptura de linhas para Potter como compositor, arranjador e conceitualista.

 A peça título, uma suíte em quatro movimentos, retrata “as ideias utópicas não específicas de Potter” sobre como a moderna vida urbana deve ser. Sua riqueza e profundidade são estonteantes. Ele maneja 11 vozes (sete das quais são instrumentos de cordas) dentro de complexas estruturas e espírito contemplativo (“Compassion”), ou lança-os em furioso movimento (“Dualities”). O som agudo do seu sax soprano apresenta a crise em “Disintegration”, mas os violinos melancolicamente fazem a estória mais pungente que turbulenta. Temas envolvem e ocorrem periodicamente através de 36 minutos como pensamentos  frequentes. A suíte é completamente estrutural. Uma frase principal na quarta nota, como uma chamada de esperança é introduzida no primeiro movimento pelos violinos e pelo sax tenor de Potter. Após fluir através de muitas formas corolárias, retorna forçosamente no final do quarto movimento e completa o arco.

A suíte, também, providencia uma inspiração sem precedente para o solista Potter. Ele nunca tocou em gravação com mais foco e vigor. Em “Compassion”, sua progressão de notada clareza de estilo para bravia catarse é  arrebatadora. Rogers e Nelson, em seus solos infrequentes, mas vívidos, estende o domínio emocional do trabalho de Potter.

A outra metade do disco apresenta quatro fortes composições inéditas. “Shadow Self” soa como um quarteto de cordas de Bartók soldado a um hepteto de jazz. “Lament” e “Sky” são extensos testemunhos que começam como baladas e se intensificam,  irradiando o arrojado Potter. O melhor momento de Taborn vem com “Sky”. Ele escassamente a toca, reduzindo- a em quase uma parada, quando alça voa para o céu.

Faixas: Lament; Imaginary Cities Pt. 1 Compassion; Imaginary Cities Pt. 2 Dualities; Imaginary Cities Pt. 3 Disintegration; Imaginary Cities Pt. 4 Rebuilding; Firefly; Shadow Self; Sky.

Músicos: Chris Potter: saxofones tenor e soprano , clarinete baixo; Adam Rogers: guitarra; Craig Taborn: piano; Steve Nelson: vibrafone e marimba; Fima Ephron: guitarra baixo; Scott Colley: baixo acústico; Nate Smith: bateria; Mark Feldman: violino; Joyce Hammann: violino; Lois Martin: viola; David Eggar: cello.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte : Thomas Conrad (JazzTimes)


Nenhum comentário: