Há uma riqueza em informação a ser encontrada dentro da bela
embalagem que acompanha este lançamento, mas uma breve citação de Theodore
Roosevelt deve ser a mais impressionante peça do texto a ser encontrada lá. Lê-se:
"Não há nada mais prático, ao final, do que a preservação da beleza, do
que a preservação de alguma coisa que atrai a mais altas emoções do gênero humano". Isto diz tudo sobre o
artista e seu trabalho e ninguém é mais capaz de apresentar as emoções na
música, projetar e preservar a beleza do mundo natural no som do que Maria
Schneider. Ela demonstrou mais uma vez e
faz , uma vez mais, neste admirável e inspirador lançamento.
“The Thompson Fields” chega após uma longa gestação: oito
anos após o ultimo álbum da Maria Schneider Orchestra , o
estonteante “Sky Blue (ArtistShare, 2007)”. Porém, se tomarmos este longo período
para possibilitar este excelente nascimento para esta música gravada, que assim
seja. Você não pode alcançar a perfeição, e esta música chega tão próximo
quanto possível ao grandioso e inatingível objetivo. Através destas oito
faixas, a Maria Schneider Orchestra coloca
ornitológicos ideais para tocar ("Arbiters Of Evolution"), trabalha
com temas nebulosos e pensamentos agourentos ("Nimbus"), realiza uma
viagem em território brasileiro ("Lembrança"), homenageia um membro
querido que se foi ("A Potter's Song") e aprisiona os atrativamente complexos e
prolongados vestígios de nostalgia e sentimentalidade.
Como sempre, as singulares personalidades desta banda ajudam
a elevar a música. O acordeom de Gary Versace melancolicamente traça o caminho
através das vastas paisagens; O piano de Frank Kimbrough é fundamental, prestidigitando
pensamentos de ventos suaves e orvalho da manhã; Scott Robinson passa para o
clarinete alto dentro de um toque de elegância e beleza ("Walking By Flashlight"); o
trombone de Marshall Gilkes e o flugelhorn de Greg Gisbert balançam
convincentemente e são extraordinários em suas expressões , consequentemente
atravessando veredas, enquanto encrespa as ondas da orquestra ("The
Monarch And The Milkweed") e o guitarrista Lage Lund apresenta brilho e energia , tecendo recuos
em estilo controlado. Estes são apenas poucos dos nomes notáveis, papéis e
façanhas, mas estas descrições, admitidamente, são curtas. Nenhuma palavra pode
apropriadamente transmitir a maravilha incrustada nesta música.
Maria Schneider está verdadeiramente sem medo em sua própria
atuação, criando grandes sentenças e fantasias musicais construídas a partir de
memórias íntimas, pensamentos e sentimentos. Sua disposição para compartilhar
estas experiências, suas incomparáveis habilidades para esculpir dentro da música e os talentos dos músicos que compõem sua orquestra
contribuem para o sucesso de “The Thompson Fields”.
Faixas:
Walking By Flashlight; The Monarch And The Milkweed; Arbiters Of Evolution; The
Thompson Fields; Home; Nimbus; A Potter's Song; Lembrança .
Músicos:
Steve Wilson: saxofones alto e soprano , clarinete, flauta, flauta alta; Dave
Pietro: saxofones alto e soprano , clarinete, flauta, flauta alta, flauta baixo,
piccolo; Rich Perry: saxofone tenor ; Donny McCaslin: saxofone tenor, clarinete,
flauta; Scott Robinson: saxofone barítono, clarinete baixo, clarinet alto,
clarinete; Tony Kadleck: trompete, fluegelhorn; Greg Gisbert: trompete,
fluegelhorn; Augie Haas: trompete, fluegelhorn; Mike Rodriguez: trompete,
fluegelhorn; Keith O'Quinn,: trombone; Ryan Keberle: trombone; Marshall Gilkes:
trombone; George Flynn: trombone baixo; Gary Versace: acordeom; Lage Lund:
guitarra; Frank Kimbrough: piano; Rogerio Boccato: percussão (8); Clarence
Penn: bateria; Jay Anderson: baixo.
Gravadora: ArtistShare
Fonte : DAN
BILAWSKY (AllAboutJazz)
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