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domingo, 23 de agosto de 2015

MARIA SCHNEIDER ORCHESTRA – THE THOMPSON FIELDS

Há uma riqueza em informação a ser encontrada dentro da bela embalagem que acompanha este lançamento, mas uma breve citação de Theodore Roosevelt deve ser a mais impressionante peça do texto a ser encontrada lá. Lê-se: "Não há nada mais prático, ao final, do que a preservação da beleza, do que a preservação de alguma coisa que atrai a mais altas emoções  do gênero humano". Isto diz tudo sobre o artista e seu trabalho e ninguém é mais capaz de apresentar as emoções na música, projetar e preservar a beleza do mundo natural no som do que Maria Schneider. Ela demonstrou mais uma vez  e faz , uma vez mais, neste admirável e inspirador lançamento.  

“The Thompson Fields” chega após uma longa gestação: oito anos após o ultimo álbum da  Maria Schneider Orchestra , o estonteante “Sky Blue (ArtistShare, 2007)”. Porém, se tomarmos este longo período para possibilitar este excelente nascimento para esta música gravada, que assim seja. Você não pode alcançar a perfeição, e esta música chega tão próximo quanto possível ao grandioso e inatingível objetivo. Através destas oito faixas, a Maria Schneider Orchestra coloca ornitológicos ideais para tocar ("Arbiters Of Evolution"), trabalha com temas nebulosos e pensamentos agourentos ("Nimbus"), realiza uma viagem em território brasileiro ("Lembrança"), homenageia um membro querido que se foi ("A Potter's Song") e  aprisiona os atrativamente complexos e prolongados vestígios de nostalgia e sentimentalidade.

Como sempre, as singulares personalidades desta banda ajudam a elevar a música. O acordeom de Gary Versace melancolicamente traça o caminho através das vastas paisagens; O piano de Frank Kimbrough é fundamental, prestidigitando pensamentos de ventos suaves e orvalho da manhã; Scott Robinson passa para o clarinete alto dentro de um toque de elegância e beleza  ("Walking By Flashlight"); o trombone de Marshall Gilkes e o flugelhorn de Greg Gisbert balançam convincentemente e são extraordinários em suas expressões , consequentemente atravessando veredas, enquanto encrespa as ondas da orquestra ("The Monarch And The Milkweed") e o guitarrista Lage Lund  apresenta brilho e energia , tecendo recuos em estilo controlado. Estes são apenas poucos dos nomes notáveis, papéis e façanhas, mas estas descrições, admitidamente, são curtas. Nenhuma palavra pode apropriadamente transmitir  a maravilha  incrustada nesta música.

Maria Schneider está verdadeiramente sem medo em sua própria atuação, criando grandes sentenças e fantasias musicais construídas a partir de memórias íntimas, pensamentos e sentimentos. Sua disposição para compartilhar estas experiências, suas incomparáveis habilidades  para esculpir dentro da música  e os talentos dos músicos que compõem sua orquestra contribuem para o sucesso de “The Thompson Fields”.

Faixas: Walking By Flashlight; The Monarch And The Milkweed; Arbiters Of Evolution; The Thompson Fields; Home; Nimbus; A Potter's Song; Lembrança .

Músicos: Steve Wilson: saxofones alto e soprano , clarinete, flauta, flauta alta; Dave Pietro: saxofones alto e soprano , clarinete, flauta, flauta alta, flauta baixo, piccolo; Rich Perry: saxofone tenor ; Donny McCaslin: saxofone tenor, clarinete, flauta; Scott Robinson: saxofone barítono, clarinete baixo, clarinet alto, clarinete; Tony Kadleck: trompete, fluegelhorn; Greg Gisbert: trompete, fluegelhorn; Augie Haas: trompete, fluegelhorn; Mike Rodriguez: trompete, fluegelhorn; Keith O'Quinn,: trombone; Ryan Keberle: trombone; Marshall Gilkes: trombone; George Flynn: trombone baixo; Gary Versace: acordeom; Lage Lund: guitarra; Frank Kimbrough: piano; Rogerio Boccato: percussão (8); Clarence Penn: bateria; Jay Anderson: baixo.

 Gravadora: ArtistShare

Fonte : DAN BILAWSKY (AllAboutJazz)


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