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domingo, 9 de agosto de 2015

PHIL MARKOWITZ / ZACK BROCK – PERPETUITY (2015)

A estreia da colaboração entre o veterano pianista Phil Markowitz e a estrela em ascensão, o violinista Zach Brock, foca-se em um partilhado amor pelo interrogatório e busca através dos sons. Cada um apresenta cinco músicas inéditas para este projeto e a maioria delas serve para ressaltar seus interesses comuns em explorações angulares, encaixando desenhos e cenários que encorajam a pesquisa.

Markowitz traz uma riqueza de experiência ao projeto, tendo trabalhado como artista com quase todo mundo, do trompetista Chet Baker ao guitarrista Al Di Meola , passando pelo saxofonista Dave Liebman ao longo das últimas quatro décadas. Ele não tem gravado muito como líder, mas tem sua agenda cheia . Brock, um relativo recém-chegado que ganhou uma boa quantidade de atenção para um par de trabalhos como líder na gravadora Criss Cross , estabelece-se como um dos notáveis violinistas do jazz no pós-milênio. Juntos eles fazem música cativante e intrigante.

Pontos de interrogação, arremessos curvos, enigmas e movimentos calculados são, todos, parte do negócio. Há números meticulosamente elaborados e tortuosamente apresentados ("Triple Dutch"), passeios ativos construídos com intervalos e fórmulas específicas ("Six Pack"), impulsos  lenta e minuciosamente feitos , olhando o desconhecido ("Nebulae") e excursões modais energéticas ("Rongtone"). Ao longo do caminho, Markowitz apresenta ideias intensas sem um toque pesado e Brock casa a audácia com o afetado, trazendo um brilho pungente  para a parte dianteira durante o material feérico e indicando a parte posterior  um pouco entalhada em ambientes mais suaves. Ambos provam ser pensadores individuais quando solam , mas eles demonstram ser colaboradores agradáveis,  em outras partes , insinuando episódios de chamadas e respostas , saracoteando juntos através das linhas difíceis e trabalhando sem uma rede de segurança como um duo ("Mirrors"). Os acompanhantes — instrumentistas como Obed Calvaire, o baterista altamente considerado, que aparece no disco “Purple Sounds (Criss Cross, 2014)”  de Brock e Jay Anderson, o baixista bem respeitado que pode ser ouvido em “Catalysis (Sunnyside, 2008)” do trio de Markowitz— realizam um trabalho fino como previsto, mas é a afinidade entre os líderes que encorpa este trabalho. Markowitz e Brock constroem uma perfeita combinação.

Faixas: Perpetuity; Triple Dutch; Fractures; Six Pack; Nebulae; Notorious "Z"; Burning Lake; Rongtone; Mirrors; Ankle Biter

Músicos: Phil Markowitz: piano, teclados; Zach Brock: violino; Jay Anderson: baixo acústico; Lincoln Goines: baixo elétrico; Obed Calvaire: bateria; Edson "Cafe" Da Silva: percussão.

Gravadora: Dot Time Records


Estilo: Straight-ahead/Mainstream

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