A estreia da colaboração entre o veterano pianista Phil
Markowitz e a estrela em ascensão, o violinista Zach Brock, foca-se em um
partilhado amor pelo interrogatório e busca através dos sons. Cada um apresenta
cinco músicas inéditas para este projeto e a maioria delas serve para ressaltar
seus interesses comuns em explorações angulares, encaixando desenhos e cenários
que encorajam a pesquisa.
Markowitz traz uma riqueza de experiência ao projeto, tendo
trabalhado como artista com quase todo mundo, do trompetista Chet Baker ao
guitarrista Al Di Meola , passando pelo saxofonista Dave Liebman ao longo das
últimas quatro décadas. Ele não tem gravado muito como líder, mas tem sua
agenda cheia . Brock, um relativo recém-chegado que ganhou uma boa quantidade
de atenção para um par de trabalhos como líder na gravadora Criss Cross , estabelece-se como um dos
notáveis violinistas do jazz no pós-milênio. Juntos eles fazem música cativante
e intrigante.
Pontos de interrogação, arremessos curvos, enigmas e
movimentos calculados são, todos, parte do negócio. Há números meticulosamente
elaborados e tortuosamente apresentados ("Triple Dutch"), passeios
ativos construídos com intervalos e fórmulas específicas ("Six Pack"),
impulsos lenta e minuciosamente feitos ,
olhando o desconhecido ("Nebulae") e excursões modais energéticas ("Rongtone").
Ao longo do caminho, Markowitz apresenta ideias intensas sem um toque pesado e Brock
casa a audácia com o afetado, trazendo um brilho pungente para a parte dianteira durante o material
feérico e indicando a parte posterior um
pouco entalhada em ambientes mais suaves. Ambos provam ser pensadores
individuais quando solam , mas eles demonstram ser colaboradores agradáveis, em outras partes , insinuando episódios de
chamadas e respostas , saracoteando juntos através das linhas difíceis e
trabalhando sem uma rede de segurança como um duo ("Mirrors"). Os
acompanhantes — instrumentistas como Obed Calvaire, o baterista altamente
considerado, que aparece no disco “Purple Sounds (Criss Cross, 2014)” de Brock e Jay Anderson, o baixista bem
respeitado que pode ser ouvido em “Catalysis (Sunnyside, 2008)” do trio de Markowitz—
realizam um trabalho fino como previsto, mas é a afinidade entre os líderes que
encorpa este trabalho. Markowitz e Brock constroem uma perfeita combinação.
Faixas: Perpetuity; Triple Dutch; Fractures; Six Pack;
Nebulae; Notorious "Z"; Burning Lake; Rongtone; Mirrors; Ankle Biter
Músicos: Phil
Markowitz: piano, teclados; Zach Brock: violino; Jay Anderson: baixo acústico;
Lincoln Goines: baixo elétrico; Obed Calvaire: bateria; Edson "Cafe"
Da Silva: percussão.
Gravadora: Dot Time Records
Estilo:
Straight-ahead/Mainstream
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