playlist Music

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

CHARLES LLOYD – WILD MAN DANCE (Blue Note Records)

No ápice dos seus 77 anos, o saxofonista Charles Lloyd está numa idade e estatura onde as pessoas buscam festejar e modelar a propagação da sua fascinante vida musical. Houve o documentário “Arrows Into Infinity”, com as marcantes gravações ao vivo dos anos 60 (“Manhattan Stories”), e o anúncio de que Lloyd ingressará no panteão da NEA Jazz Masters  em cerimônia já prevista. Entretanto, Lloyd não pode calmamente sentar por longo tempo para, particularmente, posar para seu busto de bronze.

Seu corrente projeto, “Wild Man Dance”, é uma composição musical panorâmica, espiritual e multicultural, interpretada com uma nova banda. Sua première para o mundo foi celebrada no 10 ° aniversário do Wroclaw Jazz Festival ,na  Polônia em 2013. Aquele concerto gravado está sendo lançado pela Blue Note, que mantém Lloyd  desde sua primeira aparição por lá em  1985. Para a primeira exibição deste ambicioso trabalho, é um espetacular empreendimento.

Uma performance contínua espalhada em seis sessões por mais de 70 minutos, “Wild Man Dance” apresenta  a serena cautela da arquitetura ampla das notas de Lloyd, que se eleva com dignidade como um falcão cruzando o horizonte. Porém, o mais distinto ataque de inspiração de Lloyd foi  na instrumentação do quarteto com o virtuosismo da lira grega de Sokratis Sinopoulos e o instrumento, como um saltério,  do húngaro Miklós Lukács. Da majestosa abertura de “Flying Over the Odra Valley” através do clímax interativo de “Wild Man Dance” ,fluente, passagens reverenciais de Sinopoulos e o martelado, como espineta,  repiques de Lukács são fundamentais para o ímpeto e estrutura da música.

O pianista Gerald Clayton frequentemente toca McCoy Tyner para  o emprego de Coltrane por parte de Lloyd, com o extasiante sax em uma fuzilaria de notas  nas seções mais abertamente espirituais (incluindo partes de “Gardner” e “Invitation”) e esporeia a banda  com um andamento galopante durante as porções mais postbop (“Lark”). O baixista Joe Sanders está vigoroso na entonação e solos em “River”,  a corrida com segmento mais suave da suíte. Gerald Cleaver compõe a banda.
Em uma entrevista a aproximadamente cinco anos atrás, Lloyd contou a este articulista que “Por toda minha quietude, eu ainda sou um guerreiro terno”.” Wild Man Dance” apresenta  como isto explicita a sustentação de sua vivacidade e conteúdo de sua alma em coletiva experiência.

Faixas: Wild Man Dance Suite: I. Flying Over The Odra Valley; II. Gardner; III. Lark; IV. River; V. Invitation; VI. Wild Man Dance.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte : Britt Robson (JazzTimes)

Nenhum comentário: