No ápice dos seus 77 anos, o saxofonista Charles Lloyd está
numa idade e estatura onde as pessoas buscam festejar e modelar a propagação da
sua fascinante vida musical. Houve o documentário “Arrows Into Infinity”, com
as marcantes gravações ao vivo dos anos 60 (“Manhattan Stories”), e o anúncio
de que Lloyd ingressará no panteão da NEA
Jazz Masters em cerimônia já
prevista. Entretanto, Lloyd não pode calmamente sentar por longo tempo para,
particularmente, posar para seu busto de bronze.
Seu corrente projeto, “Wild Man Dance”, é uma composição
musical panorâmica, espiritual e multicultural, interpretada com uma nova banda.
Sua première para o mundo foi
celebrada no 10 ° aniversário do Wroclaw
Jazz Festival ,na Polônia em 2013. Aquele
concerto gravado está sendo lançado pela Blue
Note, que mantém Lloyd desde sua primeira
aparição por lá em 1985. Para a primeira
exibição deste ambicioso trabalho, é um espetacular empreendimento.
Uma performance contínua espalhada em seis sessões por mais
de 70 minutos, “Wild Man Dance” apresenta a serena cautela da arquitetura ampla das
notas de Lloyd, que se eleva com dignidade como um falcão cruzando o horizonte.
Porém, o mais distinto ataque de inspiração de Lloyd foi na instrumentação do quarteto com o virtuosismo
da lira grega de Sokratis Sinopoulos e o instrumento, como um saltério, do húngaro Miklós Lukács. Da majestosa
abertura de “Flying Over the Odra Valley” através do clímax interativo de “Wild
Man Dance” ,fluente, passagens reverenciais de Sinopoulos e o martelado, como
espineta, repiques de Lukács são fundamentais
para o ímpeto e estrutura da música.
O pianista Gerald Clayton frequentemente toca McCoy Tyner para
o emprego de Coltrane por parte de Lloyd,
com o extasiante sax em uma fuzilaria de notas nas seções mais abertamente espirituais (incluindo
partes de “Gardner” e “Invitation”) e esporeia a banda com um andamento galopante durante as porções
mais postbop (“Lark”). O baixista Joe
Sanders está vigoroso na entonação e solos em “River”, a corrida com segmento mais suave da suíte. Gerald
Cleaver compõe a banda.
Em uma entrevista a aproximadamente cinco anos atrás, Lloyd contou
a este articulista que “Por toda minha quietude, eu ainda sou um guerreiro
terno”.” Wild Man Dance” apresenta como
isto explicita a sustentação de sua vivacidade e conteúdo de sua alma em coletiva
experiência.
Faixas:
Wild Man Dance Suite: I. Flying Over The Odra Valley; II. Gardner; III. Lark;
IV. River; V. Invitation; VI. Wild Man Dance.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte :
Britt Robson (JazzTimes)
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