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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

DIANA KRALL – WALLFLOWER (Verve)

Ao longo dos anos, o arco de similaridades entre Diana Krall e Nat King Cole têm sido frequentemente citados: como Krall, como Cole, iniciaram como apenas pianistas  de jazz. Como vocalistas, inicialmente, estritamente como ocupação secundária. Com a destreza provada, houve a  catálise para um maior estrelato. No meado dos anos 50, Cole tinha passado quase inteiramente do jazz para o estilo pop , embora com firme instinto jazzístico.  Se “Wallflower” é alguma indicação, Krall tem oficialmente cruzado a mesma linha.

Não é, verdade seja dita, aquela,  realmente, a questão. Como Cole, este pop influenciado pelo  jazz é cantado no mais alto calibre (e primordialmente cantado. Ela toca piano em apenas três faixas). A produção valiosa, cortesia de um impressivamente brando David Foster, é excelente. As cordas, presente através da maioria das doze faixas, são sedosas, nunca xaroposas. O som distintivamente arrojado de Krall permanece  tão encantador como sempre. O material, claro, ajuda no estímulo da passagem das interseções, com Krall interpretando sucessos pop dos anos 60, 70 e 80. Porém,  a seleção é criteriosa. As canções de finos artÍfices como Elton John, Bob Dylan, Don Henley, John Phillips, Jim Croce e Leon Russell são consistentemente boas e, com frequência, excelentes.  

Conveniente  a um refinado projeto, há um pouco de artistas classe A na lista de convidados. Embora as vozes de Krall e Michael Bublé entrelaçadas brevemente em “Alone Again (Naturally)”  de Gilbert O’Sullivan comprova uma parceria vencedora. Igualmente satisfatório é seu dueto com Bryan Adams na plácida “Feels Like Home” de Randy Newman. Porém, para saborear os mais finos momentos de Wallflower é necessário comprar a edição de luxo. Lá você encontrará uma esplendidamente frugal interpretação de “In My Life”  de Lennon e McCartney e , o melhor de tudo, uma brincalhona  “Yeh Yeh” com Georgie Fame (quem, notavelmente, soa tão  afiada quanto  vivaz ,quando ele orquestrou o sucesso original em  1965). Não só a única porção de gracejo e travessura do disco , mas também a única faixa que relembra a mais indômita Krall do seu trabalho inicial.

       Faixas

1 California Dreamin' (John Phillips / Michelle Phillips) 3:17
2 Désperado (Glenn Frey / Don Henley)  3:32
3 Superstar (Bonnie Bramlett / Leon Russell) 4:17
4 Alone Again (Naturally) (Gilbert O'Sullivan) 3:50l
5 Wallflower (Bob Dylan) 3:05
6 If I Take You Home Tonight (Paul McCartney) 3:53
7 I Can't Tell You Why (Glenn Frey / Don Henley / Timothy B. Schmit) 3:40
8 Sorry Seems to Be the Hardest Word (Elton John / Bernie Taupin) 4:10
9 Operator (That's Not the Way It Feels)(Jim Croce) 3:41
 10 I'm Not In Love (Graham Gouldman / Eric Stewart) 3:52
11 Feels Like Home (Randy Newman) 4:21
12 Don't Dream It's Over (Neil Finn) 3:36

 Fonte : Christopher Loudon (JazzTimes)


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