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domingo, 18 de outubro de 2015

JOHN STOWELL / MICHAEL ZILBER QUARTET – LIVE BEAUTY (2015)

Parte da atração do agrupamento do guitarrista John Stowell com vários saxofonistas "pós Coltrane" é a dinâmica suave/vigorosa. Stowell é um rapaz com contenção Zen, o rapaz tranquilo, seus acordes, às vezes, soam como se eles estivessem estalando filamentos de uma estalactite congelada em cavernas de gelo. Saxofonistas? Alguns soam suaves, aqueles da escola de  Lester Young/Stan Getz/Paul Desmond. Então, há rapazes como Dave Liebman, que atuou com Stowell em trabalho de maravilhoso dueto, ” Blue Rose (Origin Records, 2013)”, e Michael Zilber  emparelhando com Stowell no lançamento do seu quarteto “Shot Through With Beauty (Origin Records, 2009)”. Estes são instrumentistas que têm seus arsenais na habilidade para rugir, para trazer mais sonoridades selvagens e ursídeas para a mistura. Eles nem sempre vão para o selvagem, mas está sempre lá, ameaçando e contrapondo seus lados mais ternos e melódicos.

“Live Beauty “, o segundo  lançamento do time Stowell/Zilber,  é uma “gravação ao vivo” , com letra maiúscula. O grupo—incluindo o baixista John Shifflett  e o baterista Jason Lewis, que contribuem com a composição do trabalho—soa livre e relaxado tal como a banda ao vivo do saxofonista alto , Lee Konitz, pós 2010. O que possibilita um bocado de surpresas, ritmos flexíveis e solos caudalosos.

"In The Park" de Jason Lewis inicia o trabalho, uma suave e inquieta seção rítmica à frente do temporal, ventos constantes  sem muitas rajadas, escrupuloso, acordes frios e então Zilber queima no sax tenor . Um fogo baixo construído na neve. Após um breve solo do baixo de Shifflett, as chamas de Zilber rutilam , impulsionando o time rítmico para um território mais ardoroso, interação espirituosa ao redor. Isto está inspirado no jazz pós bop .

"Shot Through with Beauty", uma composição de Zilber  com mais de 11 minutos, vagueia livre, uma deslumbrante e reflexiva balada. Zilber passa do saxofone tenor para o soprano em "Quantum Theory" uma pura e pungente entonação guiando as ondas de um balanço tempestuoso.

Uma banda hábil, especialmente, tocando um grupo de inspiradas composições novas, cheia de energia e solta e no arremesso extenso de "My Funny Valentine"  é que parece que eles sorveram um não planejado passeio conversacional entre saxofone/guitarra. Excelente!

Faixas: In the Park; Shot Through With Beauty; Quantum Theory; Stowell What; Cookie Monster Blue; My Funny Valentine; Wabash III.

 Músicos: Michael Zilber: saxofones; John Stowell: guitarras; John Shifflett: baixo; Jason Lewis: bateria.

Gravadora: Origin Records

Fonte : DAN MCCLENAGHAN (AllAboutJazz)


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